Sindicatos querem soluções e acompanhar as formas de cobranças de metas e suas consequências para os trabalhadores
O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú-Unibanco se reuniu com a direção do banco, na manhã de ontem, quarta-feira (14), para iniciar o cumprimento da cláusula 87 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), negociada na Campanha Nacional de 2022, sobre metas. O texto prevê o debate sobre as formas de acompanhamento das metas estipuladas para cada trabalhador e suas cobranças.
No encontro, os dirigentes sindicais apresentaram os levantamentos dos sindicatos e relataram os problemas que os trabalhadores estão enfrentando nos últimos meses por conta da cobrança excessiva de metas.
De acordo com os sindicalistas, é fundamental exibir ao banco o alto número de doenças psíquicas relacionadas ao trabalho, com destaque para os alarmantes casos de esgotamento profissional (burnout), que são consequência de cobrança absurda de metas e assédio moral.
As críticas caíram também sobre a falta de eficácia do canal da prevenção de conflito. “Cada vez mais o número de funcionários afastados por doenças psicológicas no Itaú aumenta. E o assédio moral por metas também. Devemos pressionar por respostas urgentes para este problema de saúde dentro das agências. Queremos soluções já”, afirma Élcio Quinta, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionário do Itaú.
Foi entregue ao banco ainda uma pauta de negociação com vários temas relacionados à saúde e condições de trabalho. O banco se comprometeu a trazer, na próxima reunião a resposta de todos os casos denunciados.