Iniciativas voltadas à inclusão, como o respeito à identidade visual, foram destaque do encontro
Representantes dos bancários do Itaú se reuniram com dirigentes do Itaú, quinta-feira (13), para discutir diversidade e igualdade de oportunidades, saúde e condições de trabalho.
O banco apresentou seu programa corporativo de diversidade e inclusão, em especial voltado para questões relacionadas a gênero, raça, pessoas com deficiência (PCD) e população LGBTQIA+. Os principais pontos têm sido parte permanente da pauta de negociação com o movimento sindical bancário.
Os representantes do Itaú disseram que a empresa investe em combate à violência de gênero, com prevenção, apoio e acolhimento das vítimas, por exemplo. Outra iniciativa busca garantir segurança psicológica para a autodeclaração de pessoas LGBTQIA+. Em todos os casos, são feitos eventos, campanhas e estímulo para que vítimas de violência ou preconceito recorram aos canais internos de atendimento.
Sindicalistas pontuaram com relação à população LGBTQIA+ e o respeito para a identidade visual, que deve receber muita atenção, desde o momento do processo seletivo do candidato.
Para os representantes dos funcionários trata-se de um obstáculo, um item inclusive de exclusão já no processo seletivo. Além disso, a identidade visual é fator de isolamento no ambiente de trabalho, seja entre os colegas ou mesmo de repulsa de cliente em ser atendido por um homem gay muito feminino ou uma mulher lésbica muito masculina. Exigiram que o Itaú se comprometa a combater este preconceito.
Saúde e condições de trabalho
Na pauta de saúde e condições de trabalho, tiveram destaque a retomada do trabalho presencial do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde e a solução do problema de atrasos nas perícias de funcionários afastados. Ficou definido que a Comissão dos Empregados irá apresentar a sua pauta sobre o tema, com as demandas atuais pós-pandemia de covid-19, na próxima reunião do GT, que está em fase de agendamento.
Perícias
As dificuldades no agendamento no INSS das perícias de funcionários afastados por questão de saúde serão enfrentadas em conjunto pelas duas partes. Os representantes dos trabalhadores informaram que foi entregue à Superintendência do INSS em São Paulo uma carta, elaborada pelo Coletivo Nacional de Saúde, solicitando a solução do problema. O banco anunciou que levará a questão para a Federação Nacional do Bancos (Fenaban). O objetivo seria construir uma solução com as três partes: movimento, banco e Previdência Social.
Atualização de dados
Alguns funcionários afastados estão com a perícia travada por conflitos de dados em seus cadastros no RH do banco e no INSS. Por isso, esses bancários devem atualizar suas informações nos dois locais.
O banco informou que está se comunicando com eles por e-mail e SMS e disponibilizando canais para a solução desse problema. A iniciativa é fundamental, pois a partir de maio esses casos passarão por medidas mais severas, inclusive com a suspensão dos pagamentos. Os representantes dos trabalhadores também se comprometeram a usar todos os canais de comunicação sindical para alertar esses trabalhadores.