Desconhecimento sobre segurança da informação, é utilizado por criminosos que obtém dados para aplicar golpes
A exposição cotidiana nas redes sociais tornou-se um terreno propício para cibercriminosos, que aproveitam a técnica da engenharia social – na qual criam perfis falsos ou se passam por pessoas reais para obter informações pessoais e induzir vítimas a compartilhar dados confidenciais – para iniciar golpes financeiros. Segundo pesquisa da Silverguard, 11% dos golpes com Pix no Brasil têm início nas redes sociais.
Segundo o que o diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina, Fábio Assolini, destaca a Tilt, cibercriminosos brasileiros são habilidosos em “explorar” várias formas de aplicar um golpe pelas redes sociais.
“Entre as técnicas mais populares, nós vemos a engenharia social, na qual eles criam perfis falsos ou se passam por pessoas reais para obter informações pessoais ou induzir vítimas a compartilhar dados confidenciais”, exemplifica Assolini.
A vulnerabilidade dos usuários nas redes sociais reflete-se na própria exposição de suas vidas online. Posts, como a divulgação da localização, podem ser utilizados por criminosos que exploram o meio virtual.
Outro especialista em cibersegurança, Laércio Maciel da Trend Micro, ressalta que as redes sociais são empregadas pelos cibercriminosos de diversas maneiras, “aproveitando a exposição pública e acessível dos usuários.
Portanto, a cautela ao compartilhar informações online torna-se fundamental para evitar cair em golpes financeiros.
Tipos de cibercrimes
“Pote de ouro” usado para coletar informações, as redes sociais, são valiosas para criminosos. As empresas de cibersegurança: Kaspersky, Trend Micro e DPOnet, reuniram as informais mais utilizadas por golpistas.
Data de aniversário: permite o acesso a dados vazados, principalmente na deep web.
Nome completo: cruzado com a data de nascimento, pode ser usado para obter mais informações.
Lugares frequentados: postagens sobre locais que frequenta em sua rotina podem ser usadas para criar padrões de lazer e induzir a vítima a cair em golpes.
Profissão e local de trabalho: informações sobre a atividade laboral podem tornar a abordagem do golpista mais convincente.
Número de telefone: é uma informação valiosa para clonagem no WhatsApp ou aplicação de golpes telefônicos.
Relatos sobre situações financeiras: reclamações ou brincadeiras sobre dívidas podem ser exploradas pelos golpistas para criar narrativas convincentes.
Saiba como se prevenir
Diante da exposição diária de informações disponíveis nas redes sociais, a Tilt da Uol separou orientações fornecidas pelos especialistas das três empresas.
Não compartilhe informações pessoais: Para quem não é uma figura pública ou não depende das redes sociais para trabalho, evite divulgar telefone, data de nascimento e nome completo;
Utilize autenticação em dois fatores: Reforce a segurança dos perfis nas redes sociais com a autenticação em dois fatores. Essa camada extra de proteção está disponível no Facebook, Instagram e Twitter;
Evite clicar em links suspeitos: Proteja-se contra o phishing, não clicando em links duvidosos, especialmente em anúncios com preços muito abaixo do mercado. Opte por comprar diretamente nos sites oficiais das lojas;
Restrinja seu perfil: Se não utiliza as redes sociais para fins profissionais ou não é uma figura pública, considere restringir as configurações de privacidade do seu perfil;
Analise novos seguidores: Ao receber solicitações de amizade, analise o perfil dos novos seguidores, suas postagens e atividades nas redes sociais. Em caso de dúvida, não aceite pedidos de amizade.
Entenda: O cibercrime é um tipo de crime que acontece no ambiente virtual, com o uso da tecnologia para cometer fraudes e invadir sistemas para obter informações pessoais ou financeiras.