Depois de negociação entre os financiários e a diretoria do Sindicato de Santos e Região de um lado e a Fenacrefi representante dos patrões do outro, dia 25/10/2010, as financeiras concordaram em reajustar os salários em 7,5% para quem recebe até R$ 4.600 (desconsiderando-se o ATS), e em aumentar o piso em 16,33%. Pela proposta, as demais conquistas, como gratificação de caixa, anuênio, cesta alimentação, 13ª cesta alimentação e auxílio refeição também teriam reajustes de 7,5%. O Sindicato foi representado pelo diretor Walmir Gomes.
Piso – A proposta da Fenacrefi inclui reajuste de 16,33% no salário de ingresso (portaria, escritório e tesouraria). Portanto, pela proposta os trabalhadores da portaria passarão a ganhar R$ 854,88; os do escritório, R$ 1.234,43; e da tesouraria, R$ 1.303,61, caso seja aceita em assembleia.
PLR – A participação nos lucros ficou em 90% sobre o salário-base mais verbas fixas de natureza salarial, acrescido o valor fixo de R$ 1.397,50, com teto de R$ 7.406,02. Com o compromisso das financeiras de antecipar em 10 dias úteis a partir da assinatura do acordo metade do valor fixo, ou R$ 698,75.
A proposta também garante para a categoria a isonomia de tratamento para casais homoafetivos – que já era realidade para a categoria bancária – e um acordo para combater o assédio moral. É importante ressaltar que as duas cláusulas estarão incluídas no acordo coletivo, ou seja, são válidas sem a necessidade de adesão de cada financeira.
No acordo coletivo do ano passado, os financiários conquistaram a implantação do Programa de Treinamento de Gestores, com o objetivo de evitar o assédio moral. Apesar de positivo, o programa ainda era considerado insuficiente para combater o problema. Nesta campanha, a Fenacrefi cedeu à pressão da categoria e se comprometeu com uma cláusula que representa um avanço de fato.
Pelo acordo, o Sindicato receberá a denúncia do trabalhador e tem até 30 dias para formalizá-la junto à financeira. A empresa, por sua vez, terá um prazo de 60 dias para tomar providências.
Auxílio creche/babá – Para o auxílio-creche/babá a proposta é equivalente à da Fenaban. Para crianças de até seis meses de idade, o reembolso das despesas com creches ou instituições análogas é integral. Para quem já usufrui da conquista, serão mantidas as atuais regras, com o pagamento até os 83 meses, e o valor será reajustado em 7,5%, chegando a R$ 188,66.
Devido a nova regra do governo que antecipou em um ano a entrada das crianças no ensino fundamental, as regras mudarão os pais de crianças que nascerem a partir de 1º de junho. O pagamento será realizado até que a criança atinja 71 meses de idade, mas será feita a compensação, com o reembolso mensal subindo para R$ 220.