A dermatologista Michele Kreuz traz dicas simples e baratas para que os pequenos curtam o período mais aguardado do ano
Férias e verão é uma combinação que as crianças adoram, mas que também acende sinais de alerta para os pais. O sol e o calor, sobretudo em tempos de temperaturas extremas, podem mudar o cenário da diversão e trazer prejuízos para a saúde dos pequenos.
É natural que as crianças durante esse período fiquem com uma alimentação menos controlada. Por isso, a especialista indica o consumo de frutas e verduras da estação, que auxiliam na hidratação, fazem bem para o corpo, para a pele e ajudam a prevenção de doenças.
“É importantíssimo privilegiar a alimentação com frutas da estação. É uma hidratação, sucos de frutas, de preferência natural. Evitar os industrializados e os embutidos, porque a gente sabe que a conservação dos alimentos nessa época do ano, com muito calor, pode predispor um cuidado inadequado, que pode proporcionar quadros de gastroenterite, com vômitos, diarreia e desidratação. As crianças são um público mais propenso a esses quadros”, alerta.
Água é outro item que não pode faltar. “Sentiu sede é porque está num processo inicial de desidratação. Então, tem que beber água. Não espera sentir sede para ingerir água. A cada 30 minutos e ingerir um pouquinho de água para manter essa hidratação e evitar esses casos aí extremos”, afirma.
Já o cuidado com a proteção ao sol dos pequenos é preciso atenção no fator do protetor solar e tempo de exposição. De acordo com a dermatologista, é preciso passar protetor solar a cada duas horas ou sempre após algum banho ou muito suor.
“Até os 6 meses de idade, os bebés recém-nascidos devem evitar o uso de protetor solar e evitar a exposição solar. A gente não tem estudos, não tem nada na literatura médica que resguarde a saúde das crianças com o uso de protetor sol antes dos 6 meses de idade”, explica. Mas, a partir dos seis meses de vida, a regra é usar o protetor, em conjunto com outras medidas. “A gente precisa utilizar roupas de manga comprida, preferencialmente com proteção ultravioleta. Usar chapéu ou gorrinho, que proteja a nuca. Usar o protetor solar preferencialmente com o fator de proteção solar acima de 30”, explica Michele.
Em casos de insolação, comuns também no verão, é preciso um reforço na hidratação com água, frutas refrescantes, isotônicos ou hidrafix, que são soros de reidratação oral. Caso a criança tenha tido uma queimadura, busque hidratar a pele com cremes hidratantes ou calmantes. Mas atenção aos sinais de alerta.
“Uma sensação, náusea, vômitos, diarreias, aí tem que procurar um pronto atendimento e ver se essa criança não precisa fazer uma reidratação injetável. Existem pontos escalonados que a gente observa. Se a criança tem um quadro mais sistémico está mais caidinha, não está aceitando a hidratação, não está aceitando alimentação, procure o pronto-atendimento”.