Indicador de Falências e Recuperação Judicial aponta para mais um bom resultado do governo Lula, embora política juros altos do Banco Central atrapalhem
Foram registradas 196 requisições de recuperações judiciais em setembro, o que representa uma queda de 17,6% em relação ao mês anterior. Em comparação com o mesmo período de 2023, houve alta de 44,1%. A queda representa um bom indicativo econômico. Contudo, os números seguem altos. Especialistas creditam aos juros altos o protagonismo do problema.
Os dados são do Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian. Os resultados econômicos do governo Lula são positivos. Em contrapartida às falências e às recuperações, o baixo desemprego e economia aquecida mantém o ritmo de criação de empresas no alto.
“Embora tenha havido uma queda em setembro, o número de pedidos de recuperação permanece elevado. Isso se deve às altas taxas de juros, que aumentam o custo do crédito e dificultam o pagamento das dívidas pelas empresas”, afirma o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
“A crescente inadimplência dos consumidores também impacta negativamente o fluxo de caixa das companhias, enquanto a dificuldade de acesso ao crédito restringe suas opções de financiamento. Além disso, a inflação reduz o poder de compra dos consumidores, diminuindo as vendas e afetando a saúde financeira dos negócios. Esses fatores combinados criam um ambiente desafiador, levando muitos CNPJs a recorrerem à recuperação judicial”, completa o economista.
Por setor
A análise mostrou, também, que a maioria das requisições de recuperações judiciais foram realizadas por empresas do setor de “Serviços”, seguido por “Comércio” requisições. Em seguida, ficaram “Primário” e “Indústria”. Na visão por portes, as solicitações de recuperação judicial foram lideradas pelas micro e pequenas empresas, com 148 pedidos. Os negócios de porte médio vieram em seguida e, por último, os grandes.
Falências
Os pedidos de falências apresentaram redução de 9,0% na comparação com o mês anterior, com 91casos registrados em setembro. Já em relação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 26,4%. As micro e pequenas empresas lideraram em número de requerimentos, seguidas pelas grandes e médias.