Gerente Operacional morreu no interior da unidade; colegas relatam tristeza e descrevem rotina de estresse.
Um funcionário do Itaú faleceu dentro da agência Vila Ema, na zona leste de São Paulo. Conforme relatos dos colegas, o bancário, gerente operacional da unidade, passou mal na terça-feira 8 e desmaiou. O socorro foi acionado, mas houve demora e o caso foi se agravando. Os socorristas tentaram reanimar com desfibrilador, mas já era tarde demais.
Segundo os trabalhadores, a rotina na agência é desgastante, com cobranças de metas e falta de condições de trabalho. Tudo isso somado à correria de São Paulo, que é massacrante, os bancários acabam adoecendo.
O bancário, de acordo com os colegas, não tinha nenhum problema de saúde. “Por ironia do destino, outro dia um cliente presenciou o gerente nervoso por causa de um cartão que havia ficado preso no caixa eletrônico e disse: ‘Cuidado, você pode enfartar!’
Empresa boa?
O movimento sindical lamenta a morte e se solidariza com os demais bancários e os familiares do gerente. O Itaú sempre é alertado em relação à cobrança de metas e as condições de trabalho. Se o bancário não convivesse num ambiente de trabalho tão nocivo à saúde, não teria acontecido a tragédia.
O Itaú propagandeia ser uma das melhores empresas para trabalhar. Mas lucra 12 bilhões em um semestre, e não se preocupa em proporcionar aos empregados condições mínimas de socorro nos locais de trabalho. Em uma agência bancária circulam várias pessoas e o banco tem de pensar na segurança dos bancários e dos clientes. Na agência que aconteceu a tragédia não havia ninguém preparado para prestar os primeiros socorros (massagem cardíaca, por exemplo), tampouco equipamentos como desfibrilador.
Não adianta ficar só no marketing maravilhoso das propagandas de TV, nas quais crianças e famílias são usadas para provar que o banco se preocupa com o ser humano, se não faz isso na vida real.
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Fonte: SEEB SP