Funcionários apresentaram novas propostas e definiram ações estratégicas para próximas negociações.
Os grupos de trabalho dos funcionários do Banco Itaú-Unibanco finalizaram, na manhã da última quinta-feira (8), os debates, realizados durante o Encontro Nacional dos Funcionários dos Bancos Privados. A reunião aconteceu em São Paulo, e apresentou o relatório final com novas propostas dos trabalhadores sobre emprego, saúde, condições de trabalho e os impactos das novas tecnologias.
Os participantes do grupo de trabalho (GT) de novas tecnologias apresentaram novas propostas com relação as agências digitais. Eles reivindicaram o livre acesso nacional dos dirigentes sindicais; a revisão das metas nas agências, que tiveram os seus clientes migrados para agências digitais; a pontuação para funcionários das agências físicas de lotação dos clientes; e a obtenção do perfil do banco e dos bancários para que seja possível avançar nas negociações nacionais vigentes.
O GT de Tecnologia também cobrou a autorização pelo cliente sobre as transferências de contas para a plataforma digital, não mais com migração automática, e o acesso aos trabalhadores das agências digitais nas campanhas de sindicalização e reuniões com os trabalhadores nos locais de trabalho.
A estratégia do grupo visa denunciar a falta de acesso dos dirigentes a esses locais e pretende mobilizar os trabalhadores em geral com forte atuação no Fórum e em diversos setores da sociedade em prol de igualdade de oportunidades e contra o fechamento de agências.
Essas discussões ainda precisam avançar muito em relação ao assunto. Muitas propostas surgem, mas ainda não é possível barrar as novas tecnologias. É necessário mais organização dos trabalhadores do Itaú.
O GT de Saúde e Condições de Trabalho já se reúne mensalmente para debater os assuntos que envolvem a qualidade de vida do trabalhador e muitas das propostas já estão em andamento e em negociações com o banco. Foram discutidos problemas como: a nova reestruturação do afastamento do trabalhador e a clausula 69, que já houve avanço com o banco.
O debate do grupo de trabalho de emprego foi focado nas ações e apresentou propostas desafiadoras. Foi discutida uma maior mobilização dos trabalhadores. Muito do que foi debatido já está na minuta e outras já estão sendo negociadas. O grupo ficou focado em como organizar a luta em defesa dos empregos.
Os participantes decidiram fazer uma mobilização de trabalhadores em geral com atuação em diversos setores da sociedade. Ficou acertado de fazer a divulgação com panfletagens, palestras em Câmaras Municipais, passeatas e criação de um jornal específico para clientes e funcionários Itaú. Até o dia 20 de junho é o período de preparação e mobilização permanente nas bases para a greve geral de 30 de junho.
Moção Contra a Reforma Trabalhista
No encontro foi apresentada e aprovada uma Moção Contra a Reforma Trabalhista. O pedido é de repúdio ao desmonte do escopo jurídico, conquistado durante muitos anos pela classe trabalhadora, que dá a proteção necessária à relação de trabalho e garantia contra a exploração desenfreada da mão-de-obra. O objetivo é entregar essa moção em todas as prefeituras, Câmaras, pois esses representantes tem o poder de contato mais direto com a população.
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Crédito: Jaílton Garcia
Fonte: contraf