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Em recorde seguido, AGRO responde por 74% das emissões de poluentes em 2023

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8 de novembro de 2024

A agropecuária é a principal emissora de gases poluentes atmosféricos no Brasil. Em 2023, o setor registrou o quarto recorde consecutivo de emissões, com alta de 2,2%. Os dados fazem parte do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima, divulgados na quinta-feira (7/11).

A agropecuária respondeu por 28% das emissões brutas do Brasil no ano passado. Somando as emissões por mudança de uso da terra — que envolvem desmatamento, queimadas, entre outras modificações —, a atividade agropecuária representa 74% do total das emissões no país.

O principal responsável, de acordo com o observatório, é o aumento do rebanho bovino, com destaque para o popular “arroto do boi” (fermentação entérica), com 405 milhões de toneladas em 2023 (mais do que a emissão total da Itália).

“A última redução nas emissões da agropecuária no Brasil foi em 2018. Desde então, vêm aumentando e registrando recordes. Elas são puxadas pelo aumento do rebanho bovino, uso de calcário e fertilizantes sintéticos nitrogenados, afinal, a produção brasileira tem crescido”, aponta Gabriel Quintana, analista de ciência do clima do Imaflora, organização responsável pelo cálculo de emissões de agropecuária no SEEG.

Quintana acrescenta que o setor, que está bastante suscetível aos impactos da crise climática, tem como desafio alinhar a mitigação das emissões de gases de efeito estufa com a eficiência da produtividade. “Em especial, a redução de metano e a adoção de sistemas que geram sequestro de carbono no solo.”

Aumento do rebanho bovino é principal responsável por alta de emissões na agropecuária brasileira (Foto: Lícia Rubinstein/Agência IBGE Notícias)

Desmatamento

Os números gerais do relatório do Observatório do Clima apontam queda de 12% nas emissões de gás carbônico equivalente (GtCO2e) pelo Brasil em 2023, na comparação com o ano anterior. O país emitiu 2,3 bilhões de toneladas de GtCO2e, o que representa a maior queda percentual desde 2009, quando foi registrada a menor emissão da série histórica iniciada em 1990.

A queda do desmatamento na Amazônia foi a principal responsável pelos resultados positivos. Considerando todos os biomas, o desmatamento teve uma queda de 24% no ano passado.

Mas a notícia não é tão boa para todos os ecossistemas. As emissões aumentaram 23% no Cerrado, 11% na Caatinga, 4% na Mata Atlântica e 86% no Pantanal. No Pampa, as emissões por conversão da vegetação nativa também caíram (15%), mas o bioma responde por apenas 1% do setor.

“Mesmo com a desaceleração na Amazônia, a devastação dos biomas brasileiros emitiu 1,04 GtCO2e brutas em 2023. Ela torna o Brasil o quinto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. Se fosse um país, o desmatamento do Brasil seria o oitavo maior emissor do planeta, atrás do Japão e à frente do Irã”, aponta o estudo.

Poluentes em outros setores

O setor de energia teve aumento de 1,1% nas emissões em 2023. O estudo aponta que a elevação se deve ao aumento do consumo de óleo diesel, gasolina e querosene de aviação no ano passado. Isso também fez aumentar as emissões no setor de transporte, alta de 3,2%, que representa um recorde histórico (224 MtCO2e). No total, energia e processos industriais emitiram 22% do total nacional (511 MtCO2e).

Também houve leve alta no setor de resíduos, com 1%. Apesar do acréscimo, as emissões desse setor são marcadas por forte crescimento, acompanhando o aumento da população. O resultado, portanto, é positivo e, segundo o estudo, reflete avanços no acesso aos serviços de saneamento.

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