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Desigualdade social persiste no Brasil

22 de setembro de 2010

Nas últimas semanas foram divulgados dados que alardeavam uma diminuição histórica na desigualdade social no Brasil. Um olhar mais atento sobre os dados apresentados pelo IBGE desmonta essa tese. A população mais pobre não recebeu os frutos dessa redistribuição, de acordo com o IBGE em 2001, os 20% mais pobres no Brasil concentram 2,6% da renda nacional, em 2009 esse índice teve um aumento irrisório para 3,3%. Ou seja, a população mais pobre não foi beneficiada por essa “política de redistribuição de renda” que não atacou a concentração de renda no país.

Outro dado importante revelado pela pesquisa do IBGE é relativa a renda do brasileiro. Em 2009 50,5% das famílias brasileiras tinham uma renda de até 1 salário mínimo, equivalente a R$510,00, quantia insuficiente para atender as necessidades de um trabalhador.

Segundo o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), para que o trabalhador pudesse ser atendido quanto “às suas necessidades vitais básicas e às de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social” o valor do salário mínimo deveria ser de R$ 2.023,89.

A desigualdade regional também persiste, as famílias das regiões Norte e Nordeste tem uma renda familiar muito inferior as famílias que residem nas regiões Sul e Sudeste. Enquanto no Sul apenas 2,9% das famílias tem renda de até um quarto do salário mínimo, no Nordeste esta taxa é de impressionantes 17,4%.

Esses dados referentes aos oito anos de governo Lula, mostram que a prioridade do governo em políticas assistencialistas, como o bolsa família, não alterou o quadro da desigualdade social brasileira.

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