Os banqueiros tentam enganar a categoria enviando mensagens (com o mesmo teor para todos os bancos) convocando e dizendo que a proposta é boa e o abono é um excelente negócio. ISSO É MENTIRA NÃO ACEITE!!!
Os 6,5% da proposta feita pelos bancos representam apenas 68% da inflação (INPC projetado em 9,57%). E, ainda, querem trazer de volta a política de abono que tanto prejudicou e rebaixou os salários dos bancários e bancárias nos anos 1990 e até o início da década de 2000 nos bancos públicos.
Na proposta apresentada pela Fenaban, no dia 29/8 (além dos míseros 6,5%) há o abono salarial de R$ 3 mil, uma armadilha para rebaixar salários e o objetivo de desmobilizar a categoria. Os bancários devem lutar por reajustes dignos e melhores condições de trabalho.
A perversidade do Abono Salarial
O abono é uma estratégia utilizada pelas empresas para achatar os pisos de ingresso e não recompor o poder de compra dos salários, com o objetivo claro de acumular lucro. Vale ressaltar que o abono reflete de forma negativa e produz perdas sobre o 13° salário, férias, INSS, FGTS, PLR, sendo que após um ano não existirá mais e as perdas inflacionárias persistiram nos salários. O valor apenas resolve os problemas imediatos do mês. E sendo assim, os bancos não contabilizam a quantia na folha seguinte.
Bancos lucram com crise ou sem crise
“Como sempre acontece nas campanhas salariais, os bancos alegam que a crise os atingiu. Porém, os lucros bilionários provam que não há crise para os banqueiros. A crise afeta sim a categoria bancária sobrecarregada, cansada e assediada por metas e demissões. Exigimos um reajuste salarial digno, melhores condições de trabalho, fim das demissões e mais contratações. Para isso, é fundamental a mobilização dos bancários e das bancárias para fazermos uma forte campanha salarial, que deverá ser uma das mais duras dos últimos anos”, afirma Eneida Koury, presidente do Sindicato dos bancários.
Fonte: Imprensa Seeb Santos
Escrito por: Gustavo Mesquita