Banco apresentou novo plano estratégico ao mercado no dia 7 de Fevereiro e reestruturação preocupou empregados
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu, na tarde de sexta-feira (1º), com a direção do banco para cobrar explicações sobre a reestruturação, anunciada pelo novo presidente do banco, Marcelo Noronha, no dia 7 de fevereiro, em entrevista coletiva, sem qualquer negociação prévia com o movimento sindical.
No ano passado, foram 6 mil postos de trabalho a menos no sistema bancário e sabe-se a sobrecarga de trabalho que isso acarreta aos que permanecem empregados. Sempre que é falado em reestruturação já se pensa em fechamentos de agências e o movimento sindical sabe o que gera na cabeça dos trabalhadores: muito medo, ansiedade e stress.
Por isso, o movimento sindical bancário cobrou do Bradesco que o plano estratégico seja implementado sem prejuízo do emprego. Os representantes da categoria querem acompanhar o processo, para que o emprego bancário seja respeitado e que também não haja prejuízo para a população.
Em entrevista coletiva, em fevereiro, o presidente do banco também estipulou metas de digitalização, com a expectativa de levar 75% das transações feitas para a nuvem. Atualmente, cerca de 45% das transações da empresa são feitas na nuvem. Para atingir essa meta, Noronha prometeu uma expressiva contratação no setor de tecnologia de cerca de três mil pessoas. Para a COE Bradesco a contratação é positiva, inclusive existe a cobrança por mais mulheres nessas áreas. E, antes de abrir a contratação para externos, é importante reaproveitar os atuais trabalhadores, com qualificação. Dar a oportunidade deles preencherem as vagas que serão abertas para a área de TI (Tecnologia da Informação).
O banco disse que essa é uma das ideias para o processo. Inclusive, deu exemplos que já aconteceram no ano passado, com um plano de estrutura e capacitação.
O Bradesco também se comprometeu a manter o canal de comunicação aberto, para que o movimento sindical possa trazer as impressões da base. Por isso, é fundamental que os trabalhadores que tiverem problemas no processo de reestruturação procurem o sindicato da sua base, para buscarmos soluções junto ao banco e termos mais força na negociação, pois juntos somos fortes.