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Campanha Salarial 2012: Enrolação dos bancos empurra à greve

17 de agosto de 2012

As negociações não avançam e os bancários não vão aceitar índice de reajuste e PLR rebaixados, retirada de direitos dos patrões que mais lucram no mundo. Caso os banqueiros continuem enrolando a categoria a GREVE É INEVITÁVEL!

As primeiras rodadas de negociações realizadas dias 7 e 8/08, entre o Comando Nacional dos Bancários e representantes a Federação Nacional dos Bancos, iniciaram com descaso sobre as reivindicações dos bancários sobre emprego, saúde e cláusulas sociais. A Fenaban disse que não há assédio e afirmou ironicamente que “as reclamações que existem nos locais de trabalho são normais, parecidas com as dos filhos que se queixam das cobranças dos pais, dos alunos que protestam contra exigências dos professores e dos atletas que reclamam do rigor dos técnicos”.

A segunda rodada, dias 15 e 16, quando seriam discutidas segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração, foi adiada para terça-feira, 21, por conta de um falecimento. Os bancos estão demonstrando que querem empurrar a campanha para ser fechada em novembro, com a finalidade de desgastar a luta dos bancários.

Os bancos brasileiros e internacionais que atuam no País continuam lucrando muito. Os três grandes bancos (Bradesco, Itaú e Santander) lucraram juntos no 1º semestre R$ 16 bilhões. De janeiro a junho, o BB teve lucro de R$ 5,69 bilhões. A Caixa teve uma alta de 25,2% em relação ao 1º semestre de 2011 e registrou um lucro de R$ 2,8 bilhões no mesmo período. Somente as taxas cobradas pelos serviços dos clientes geram um montante que paga em média por banco 200% das despesas administrativas (salários, encargos salariais, luz, telefone, cursos, materiais de escritórios e muitas outras despesas). 

As principais reivindicações

* Reajuste salarial de 10,25%,
* PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos. 
* Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).
* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
* Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.
* Auxílio-refeição e vale-alimentação, cada um igual ao salário mínimo nacional (R$ 622,00).
* Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e ampliação da inclusão bancária.
* Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.
* Fim das metas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.
* Mais segurança nas agências e postos bancários.
* Previdência complementar para todos os trabalhadores.

Fonte: Imprensa SEEB Santos e Região

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