Só a mobilização e unidade poderá reverter as ameaças contra os empregados.
A cada negociação com a direção da Caixa fica clara que a mobilização dos empregados é fundamental para evitar o retrocesso. A ameaça da vez é sobre a Participação nos Lucros e Resultados. Apesar de garantir na mesa de negociação do dia 20 de junho que vai seguir a regra definida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o banco alegou também que não tem autorização do pagamento da PLR social.
Segundo a direção do banco, o limite da soma da PLR está limitada pelo governo. A regra mencionada seria 25% do que for pago de dividendos no tesouro. Com base nos últmos anos, fica em 6,25 % do lucro liquido.
# Governo Temer quer impor o fim do Saúde Caixa
O posicionamento do banco é baseado na última mudança do estatudo, feita em 2017 pelo Conselho de Administração (CA). Desde então, o pagamento da PLR deve seguir os preceitos legais, o que significa seguir a lei original da Participação nos Lucros e Resultados, promulgada no ano 2000 (lei 10.101). Hoje o pagamento da PLR na Caixa consta do acordo coletivo firmado com os representantes dos trabalhadores, mas como se trata de um cálculo com muitas variáveis, a inclusão dessa cláusula no estatuto impedirá uma efetiva negociação e poderá resultar em controvérsias e perdas para os empregados do banco.
# Bancos se recusam a garantir empregos
O banco vem buscando cada vez mais a lucratividade ao invés do crescimento do banco, com tarifas e taxas de juros cada vez mais altas. Por outro lado, a gente vê o governo buscando a redução do banco, com a redução das carteiras de crédito, redução das ofertas de crédito à população e com a descapitalização da Caixa e com o corte de direitos dos empregados. Os empregados devem se mobilizar para resistência que é a única forma de reverter essas medidas do governo.
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Crédito: Fernando Diegues
Fonte: Contraf