A política de ‘terra arrasada’ do governo Bolsonaro reduz o papel da Caixa e coloca sua sustentabilidade em risco, desgastando a imagem diante dos brasileiros e abrindo caminho para a privatização
A Caixa lucrou R$ 3,920 bilhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 22,9% com relação ao mesmo período de 2018, quando alcançou R$ 3,190 bilhões. Mesmo assim, encolhe a participação no mercado nacional, oferta menos crédito, reduz o número de empregados e os postos de atendimento. Um reflexo do desmonte.
A Caixa foi o banco que mais cortou vagas e hoje tem 82 mil empregados, com a adesão de 3.500 no último PDV (Programa de Desligamento Voluntário). Para se ter ideia, em 2014, o banco tinha 101.484 trabalhadores. Quer dizer, em cinco anos, o banco perdeu cerca de 20 mil empregados, o que quer dizer que as 2 mil contratações anunciadas pela empresa não vão suprir a demanda reprimida.
O principal banco público do país, responsável por programas de inclusão social que atendem a população mais carente do país, também está perdendo agências. No primeiro trimestre, foram fechadas 14 unidades, 26 lotéricas, 23 postos de atendimentos e 971 correspondentes Caixa Aqui. Já o número de correntistas passou de 92,6 milhões para 99,3 milhões no período.
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Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia