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Cai o número de pessoas que procuram emprego há mais de dois anos

Marcelo Camargo/Agência Brasil

16 de agosto de 2023

Taxa de desemprego continua mais alta para mulheres e negros

Além da queda na taxa média de desemprego, divulgada em 28 de julho, o país tem redução no número de pessoas que procuram emprego há dois anos ou mais. Segundo o IBGE, no segundo trimestre havia 2,04 milhões de pessoas nessa situação, 31,7% a menos em relação a igual período de 2022 (eram 2,985 milhões). Já na comparação com 2012, primeiro ano da série histórica, o total cresceu 34,2%.

A maior quantidade de pessoas (4,050 milhões) procura trabalho de um mês a menos de um ano. Outras 1,605 milhão, há menos de um mês. E 952 mil, de um ano a menos de dois.

Taxa de desemprego cai

De acordo om a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, a taxa de desemprego (8%) diminuiu em quatro das cinco regiões – ficou estável no Sul, onde se registra o menor índice (4,7%). O maior é do Nordeste (11,3%). Também caiu em oito das 27 unidades da federação, mantendo-se estável nas demais.

Entre as UFs, as maiores taxas foram apuradas em Pernambuco (14,2%), Bahia (13,4%) e Amapá (12,4%). As menores, em Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3%) e Santa Catarina (3,5%).

Mais alto para negros e mulheres

No recorte por gênero, o desemprego segue mais elevado para mulheres (taxa de 9,6%) do que para homens (6,9%). E também continua mais alto para pretos (10%) e pardos (9,3%) do que para brancos (6,3%).

Além disso, a taxa de desemprego é maior para pessoas com ensino médio incompleto (13,6%). “Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 8,3%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,8%)”, informa o IBGE.

Desalento e renda

O número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar trabalho) foi estimado em 3,7 milhões no segundo trimestre. Desse total, 2,3 milhões estavam na região Nordeste. Um quarto dos ocupados (25,5%) trabalhavam por conta própria, mas esse número sobe para 37,8% em Rondônia e cai para 19,9% no Distrito Federal.

Assim, conforme a Pnad, a taxa de informalidade corresponde a 39,2% da população ocupada. Mas fica bem acima da média no Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%). E abaixo em Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%).

Estimado em R$ 2.921, o rendimento médio cresceu em relação ao segundo trimestre do ano passado. Isso aconteceu em todas as regiões. Varia de R$ 1.986 (Nordeste) a R$ 3.396 (Centro-Oeste). Vai a R$ 3.299 no Sudeste, a R$ 3.182 no Sul e R$ 2.316 no Norte.

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