No primeiro lugar do ranking de reclamações trabalhistas, CEO do Bradesco diz ser um absurdo. Mas os funcionários continuam sendo pressionados, demitidos e adoecendo
O Bradesco fecha agências, assedia por cumprimento de metas impossíveis, demite em massa na pandemia, retira seguranças e portas giratórias das agências, precariza o ambiente de trabalho e o CEO acha um absurdo ter contra o banco 42 mil reclamações trabalhistas. Segundo o TST esse número está defasado, pois em nota o Tribunal atribui ao banco 58 mil processos.
Otavio de Lazari pressiona, demite e depois reclama?
O CEO do Bradesco e presidente do conselho diretor da Febraban, Octavio de Lazari, disse segunda-feira, 30, que o banco é alvo de 42 mil processos trabalhistas e que os outros grandes bancos privados do País têm números parecidos.
“Temos 42 mil processos trabalhistas na Justiça. Não estou dizendo que somos santos, que não erramos. Mas 42 mil processos é absurdo”, comentou.
Segundo o executivo, o número de processos e valores envolvidos é atualizado e discutido semanalmente no Bradesco. “O cível é outro grande desafio”, disse. Lazari participou do Fórum BNDES de Direito e Desenvolvimento, na sede do banco de fomento, na região central do Rio.
TST atribui 58 mil processos ao Bradesco
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Banco Bradesco S.A. assinaram, dia 09/10/23, um acordo de cooperação técnica para a redução de litigiosidade e a racionalização dos processos do banco em trâmite no TST, com possibilidade de extensão para todos os Tribunais Regionais do Trabalho. Segundo nota do TST, atualmente, o banco é o primeiro no ranking dos maiores litigantes do país, com cerca de 58 mil processos em toda a Justiça do Trabalho.
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