Copom não tem mais argumentos para continuar a manter uma das maiores taxas do mundo, com inflação sob controle. Prejudica a economia do país!
Mesmo com a inflação sob controle, o Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central (BC) manteve taxa básica de juros da economia (Selic) em 15% ao ano. Com a decisão tomada nesta quarta-feira 5, o Brasil segue com uma das mais altas taxa de juros no mundo.
A Selic é usada como instrumento principal de política monetária para controlar a inflação. A taxa anual de inflação do Brasil ficou em 5,17% em setembro de 2025, ligeiramente abaixo das expectativas de mercado de 5,22%.
Os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação deste ano pela sexta semana seguida, para 4,55%. A expectativa faz parte do boletim “Focus”, divulgado nesta segunda-feira 3 pelo BC, com base em pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana.
Além disso, a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2025 permaneceu em R$ 5,41; a projeção da balança comercial indica superávit de US$ 62 bilhões e a previsão do investimento estrangeiro foi mantida em US$ 70 bilhões.
Segundo o Tesouro Nacional, as Instituições Financeiras permaneceram sendo os principais detentores dos títulos da dívida, atrelados à Selic, com participação de 32,53% na Dívida Pública Mobiliária Federal interna em setembro, seguidas por Previdência (23,07%), Fundos de Investimento (20,87%) e não-residentes (10,19%).
“A taxa de 15% privilegia especuladores sem produzir nada, diminui os investimentos na economia produtiva, não gerando empregos com salários melhores e serve para o brutal lucro dos bancos. Por outro lado, estrangula o salário do trabalhador que compra a juros que aumentam em três vezes o valor dos produtos”, explica Élcio Quinta, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.