Nos três primeiros meses de 2017, chamado de “ano do atendimento” pelo banco, instituição foi a mais reclamada no Banco Central; gestão Cafarelli, que impõe fechamento de agências, redução de quadro e aumento de sobrecarga, é responsável pela insatisfação.
Chamado de “ano do atendimento” pela direção do Banco do Brasil, 2017 não começou nada bem para a instituição pública no que diz respeito à satisfação dos clientes. O BB foi o mais reclamado no primeiro trimestre em ranking divulgado pelo Banco Central, com 1.536 reclamações consideradas procedentes, o que resultou no índice 25,84. Após a divulgação da lista, o movimento sindical tem recebido diversas manifestações de bancários argumentando que a responsabilidade pelo elevado número de queixas é da direção, que fecha agências, reduz quadro de funcionários, sobrecarrega bancários, ao mesmo tempo em que aumenta a cobrança por metas.
A responsabilidade pelas reclamações é claramente da gestão Cafarelli, não dos bancários. O resultado da equação menos agências, menos funcionários, mais sobrecarga de trabalho e maior cobrança por metas, principalmente após a mudança da GDP, só pode ser a precarização do atendimento.
Existem casos de agências que receberam milhares de contas PJ de outras unidades, fechadas ou não, sem qualquer aviso prévio. É óbvio que os clientes ficam insatisfeitos com a mudança abrupta. Isso sem falar no aumento da sobrecarga de trabalho e na falta de adaptações na estrutura física e no número de funcionários nas unidades para absorver aumento tão grande de demanda.
Desmonte
No final de 2016, o BB anunciou seu plano de reestruturação, com o fechamento de cerca de 400 agências e conversão de outras 400 em postos de atendimento bancário. Além disso, o banco público reduziu seu quadro de funcionários em 10 mil bancários, que aderiram ao Programa Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI).
Vivemos um verdadeiro desmonte dos bancos públicos. E as consequências desse processo são agências cada vez mais lotadas, bancários sobrecarregados, clientes insatisfeitos e a imagem da instituição prejudicada. É mais uma prova de que a gestão Cafarelli está totalmente no rumo errado está no fato de que, justo no ano escolhido para ser o `ano do atendimento´, o banco figure no primeiro lugar no ranking de reclamações ao BC por falta de condições de trabalho adequadas e decisões equivocadas da direção.
# Após fechar agências, BB lidera ranking de reclamações do BC
Crédito: Fernando Diegues
Fonte: SEEB SP