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Bancos sobem tarifas bem acima da inflação

6 de julho de 2017

Reajuste mais brando foi mais do que o dobro da inflação oficial do país, segundo dados do IBGE e do Procon

Os bancos aumentaram bastante as tarifas cobradas dos clientes em junho. Segundo pesquisa divulgada pelo Procon, na segunda 3, os reajustes de todos os pacotes padrozinados representam pelo menos o dobro do IPCA, inflação oficial, medida pelo IBGE.

 

O pacote que subiu menos foi o padronizado IV, 7,49% em média nos bancos pesquisados (BB, Caixa, Bradesco, Itaú, Santander e Safra). O acumulado da inflação em 12 meses (junho de 2016 a maio de 2017) ficou em 3,6%. O padrozinado III aumentou 7,58%; o padrozinado I, 8,31%, e o II, 9,12%.

 

Apesar de crescer, a cobrança de tarifas não representou mais bancários para atender devidamente quem as paga, os clientes, nas agências. Serviu apenas para gerar lucro.

 

De acordo com a economista do Dieese Cátia Uehara, no primeiro trimestre de 2017 as cinco maiores instituições financeiras do país (Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander) acumularam ganhos de mais de R$ 17 bilhões, elevação de 30% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os fatores que contribuíram: R$ 30 bilhões com tarifas, aumento médio de 14% em relação ao mesmo período do ano passado, além da redução de R$ 5 bilhões em impostos.

 

No mesmo período, os bancos demitiram 25 mil funcionários, aumentando a sobrecarga que impossibilita ao trabalhador dar a devida atenção aos clientes.

 

Exploração

“O que os bancos faturam com receita de tarifas supera o pagamento com despesa de pessoal. Em média os bancos conseguem pagar toda a despesa de pessoal e ainda sobra mais de 30% dessa despesa”, destaca Catia Uehara.

 

No Banco do Brasil, por exemplo, esse faturamento cobriu 115% da folha no primeiro trimestre de 2017, segundo balanço oficial da empresa. Apesar disso, a relação entre o número de contas correntes que cada bancário tem de atender subiu de 439 no primeiro trimestre de 2016 para 554 entre janeiro e março deste ano.

 

O balanço é ainda mais favorável ao Itaú, já que a relação entre receitas de tarifas e despesas de pessoal foi de 162,9% no mesmo primeiro trimestre de 2017, período em que foram fechadas 202 agências físicas.

 

No Santander, as receitas de tarifas passaram a cobrir 123% do total de despesas de pessoal no primeiro trimestre, ante 110% no mesmo período do ano passado. O Bradesco tem número parecido, com as mesmas receitas cobrindo 124,8% da folha. Na Caixa, o cenário não é diferente, já que o banco fechou 2016 pagando toda a folha apenas com o arrecadado com tarifas.

 

Piso cresce

A pesquisa mostra ainda que os clientes menos lesados foram os que pagam tarifas mais altas, cujo valor médio bateu nos R$ 35,76 por mês. O pacote padronizado II, que subiu mais, chegou ao valor mensal médio de R$ 18,54. O padrozinado I, o mais barato, foi a R$ 11,84, e o III, para R$ 24,13.

Fonte: Com informações do Seeb SP

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