Tanto no rotativo do cartão de crédito quanto no cheque especial, taxas foram alçadas a patamares onde nunca estiveram desde que começaram a ser medidas pelo Banco Central
O juro cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito chegou ao recorde de 482,1% ao ano em novembro, informou o Banco Central. No cheque especial, as instituições financeiras também elevaram a cobrança a patamar nunca antes aferido pelo BC: 330,7% ao ano.
No rotativo do cartão, tomado quando o consumidor paga menos que o valor integral da fatura, a taxa subiu 6,3% em relação a outubro para chegar ao maior valor da série histórica iniciada em março de 2011. No cheque especial as medições começaram em julho de 1994.
A taxa média de juros para as famílias ficou estável em 73,6% ao ano, em novembro, comparada a outubro, bem como a inadimplência, considerados atrasos acima de 90 dias. Para pessoas físicas caiu 0,1 ponto percentual, para 6,1%, e para as empresas, 0,2 ponto percentual, para 5,4%.
A taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas caiu 0,5 ponto percentual para 29,9% ao ano.
Esses dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.
No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) a taxa de juros para as pessoas físicas ficou estável em 10,2% ao ano. A taxa cobrada das empresas caiu 0,9 ponto percentual para 11,1% ao ano. A inadimplência das famílias caiu de 0,1 ponto percentual para 1,9% e das empresas permaneceu em 1,8%.
O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos subiu 0,3% de outubro para novembro, mas no ano registra queda de 3,6%. No mês passado, o saldo ficou em R$ 3,104 trilhões. Esse saldo correspondeu a 49,5% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB), em novembro ante o percentual de 49,7% registrado em outubro deste ano.
Cadastre-se no whatsapp do Sindicato dos Bancários
Fonte: Agência Brasil