Falar do ano que se encerra não é tarefa para fracos. Num misto de fatos improváveis e boas notícias arrancadas com muita luta, 2018 foi marcado por negociações, eleições e efervescência de debates.
O Santander termina o ano cumprindo o roteiro de lucros, porém com o desrespeito de praxe com seus funcionários. É difícil não notar as toneladas de publicidade do banco espanhol, ora com o “Farol”, ora promovendo sua previdência privada. Não deu também para esconder o alinhamento do Santander com as reformas do governo Temer e muito menos com o próximo, uma vez que o escolhido para comandar o Banco Central é um executivo do banco.
Na Cabesp, mudanças na forma de custeio para solucionar os déficits apurados anualmente. Trabalhar para resolver esta questão uniu as associações e os sindicatos, ponto bastante positivo. Os fundos de pensão estão no centro das atenções, com ação coletiva do Plano II do Banesprev e o fechamento do SantanderPrevi. Falando nisso, a reforma da previdência promete ainda ser muito discutida.
# Ganância e irresponsabilidade do Santander sacrificam os funcionários
O projeto do governo eleito para as aposentadorias atende o interesse do mercado e empresários (que usufruem de isenções de impostos à perder de vista), sacrificando a população. Nos preparemos para a resistência pelo direito de se aposentar com benefício integral.
No meio de tanta incerteza, um bom desfecho: a campanha salarial deste ano arrancou 1,31% de aumento acima da inflação para a categoria bancária, e os funcionários do Santander podem contar com a garantia de direitos do Acordo Aditivo por mais dois anos.
Texto extraído da retrospectiva Afubesp
Crédito: Fernando Diegues
Fonte: Afubesp