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Bancários denunciam que Santander quer terceirizar mais dois cargos no banco

SECRC

25 de outubro de 2024

O movimento sindical bancário tem recebido em várias regiões do Brasil reclamações de funcionários do Santander preocupados com a possível terceirização do cargo de ES (Especialista de Serviços) e pejotização do E1 (Gerente Empresas 1). Segundo os relatos, a terceirização do setor ocorreria a partir do segundo semestre de 2025 e a pejotização dos E1 até 2027.

Esta previsão tem trazido muita apreensão entre os bancários do grupo espanhol no Brasil. 

“Como se não bastassem as demissões, adoecimento dos funcionários por sobrecarga de trabalho e pressão por metas e práticas antissindicais, o Santander intensifica o processo de terceirização e pejotização utilizando as próprias empresas da holding. O banco quer impor a redução média dos salários e retirar os direitos da categoria previstos na nossa Convenção Coletiva de Trabalho através da terceirização”, criticou o diretor do Sindicato do Rio e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Marcos Vicente. 

Reestruturação fraudulenta 

O banco respondeu verbalmente negando aa informações dessas terceirizações. No entanto, os sindicatos cobram do banco mais transparência e um compromisso oficial com os trabalhadores que garanta os empregados e direitos dos bancários e bancárias para tranquilizar os funcionários. 

Os dirigentes sindicais reiteraram ainda sua posição contrária à reestruturação fraudulenta que ocorre no banco, prática que levou o Santander a ser condenado várias vezes pela Justiça do Trabalho. 

“A reforma trabalhista realizada no governo Michel Temer foi uma cilada para os trabalhadores, que permitiu terceirizar irrestritamente. Esta reforma retira direitos e joga os profissionais na informalidade, sem carteira assinada,  ou com carteira, mas com direitos reduzidos. Não é por acaso que o ministro do STF, Flavio Dino, quer analisar e até restringir a terceirização. O Santander se utilizada da reforma para explorar cada vez os bancários brasileiros. Precisamos dar um fim nisso”, reage Fabiano Couto, dirigente sindical do Bancários de Santos e Região e bancário do Santander.

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