Os bancários rejeitaram a proposta dos bancos de 6,1% de reajuste, abaixo da inflação do período, e aprovaram greve por tempo indeterminado, a partir de 19 de setembro, na próxima quinta-feira, em assembleia realizada dia 12. Depois de quatro rodadas de negociações a Federação Nacional dos Bancos disse não a totalidade de reivindicações sobre condições de trabalho, saúde, fim das metas e do assédio moral, fim das demissões, contratação de bancários e o aumento de 11,93%. O dissídio coletivo da categoria é em 1º de setembro.
“Infelizmente não tivemos outra alternativa a não ser partir para o direito constitucional de greve, para repor nossos salários e melhorarmos as condições de trabalho. Os banqueiros ganharam juntos cerca de 30 bilhões apenas no primeiro semestre de 2013”, afirma Ricardo Saraiva Big, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
“Vamos fazer dia 18/09, nesta quarta-feira, às 19h, uma assembleia para organizar a greve, desde convido toda a categoria para participar”, finaliza Big.
Os bancários farão uma assembleia organizativa de greve na próxima quarta-feira, às 19h, na Av. Washington Luiz, 140, em Santos.
Comando dos Bancários rejeitaram a proposta na mesa
A contraproposta apresentada pela Fenaban ao Comando Nacional dos Bancários foi de 6,1% de reajuste sobre os salários, os pisos, a PLR e demais verbas de caráter salarial, o que não repõe nem a inflação do período de 6,38% media pela INPC. Além disso, rejeitaram todas as reivindicações da categoria sobre saúde, segurança, condições de trabalho, fim do assédio moral e outras. Os bancos juntos ganharam cerca de R$ 30 bilhões somente no 1º semestre de 2013. O Comando Nacional rejeitou a proposta já na mesa de negociação.
Calendário de luta
17 – Todos em Brasília para pressionar os deputados federais durante a audiência pública sobre o PL 4330 no plenário da Câmara.
18 – Assembleia organizativa para encaminhar a greve.
19 – Deflagração da greve nacional dos bancários por tempo indeterminado.
A proposta da Fenaban
Reajuste abaixo da inflação – 6,1% (segundo o INPC a inflação é de 6,38%) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.)
PLR – 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado).
Parcela adicional da PLR – 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.
As reivindicações dos bancários
> Reajuste salarial de 11,93%
> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas e do assédio moral que adoece os bancários.