Por conta da conjuntura político e a repressão de governos neoliberais, em menos da metade das 23 campanhas salariais dos bancários (1995/2017) a categoria obteve reajuste acima da inflação de 1% ou mais. O movimento sindical teve a clareza de enxergar os tempos difíceis em 2017. Muitas categorias tiveram zero ou apenas a inflação. De 300 categorias apenas 38 tiveram aumento de 0,51% a 1%. Agora é lutar ou lutar!
Das 23 Campanhas Salariais Bancárias de 1995 até hoje, os trabalhadores do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal tiveram aumento acima da inflação de 1% ou + em 10 campanhas e os de bancos privados em 11 delas. A Campanha Salarial de 2017 está entre as vitoriosas (veja tabelas abaixo).
Previsão
O movimento sindical bancário teve a clareza de enxergar que este ano seria muito difícil para todos os trabalhadores e fechou um acordo por dois anos que garantiu também o Acordo Coletivo e todos os direitos conquistados até a campanha de 2018. Prevendo a retirada de direitos trabalhistas, diminuição de salários e demissões incentivadas pela política econômica excludente neoliberal do Governo, capitaneada por Henrique Meirelles e Michel Temer, com o apoio da maioria do Congresso!
Deflação no INPC/IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (6/9) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de agosto. A variação no mês foi negativa de – 0,03%. Com isso, o acumulado de inflação nos últimos 12 meses ficou em 1,73%. O reajuste da categoria bancária será de 2,75%.
DIEESE: Não é para todos em 2017!
De acordo com levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) entre 300 categorias 30 tiveram reajustes abaixo da inflação, para 91 foi igual ao INPC, 107 categorias conseguiram apenas 0,5% acima da inflação e 38 categorias entre 0,51% e 1% acima da inflação.
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Unidade e mobilização
“A terceirização e as reformas trabalhista e previdenciária exigem dos bancários e bancárias muita mobilização pela manutenção dos nossos empregos, direitos e aposentadorias. Já foi entregue à Fenaban uma proposta de Termo de Compromisso com 21 pontos, para frear ataques nas formas de contratação, desmantelamento do Acordo Coletivo e outros que podem acontecer com a nova Lei Trabalhista (Lei 13.467/2017) e a Lei de Terceirização (Lei 13.429/2017). Mas somente a unidade irá barrar a ganância dos patrões que vão tentar retirar direitos, diminuir salários e impor o trabalho até morrer sem aposentadoria”, afirma Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Crédito: Fernando Diegues
Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região, SEEB do Ceará e Contraf
Escrito por: Gustavo Mesquita