Parlamentares e entidades reforçam a luta pela garantia de direitos e contra retrocessos no custeio do benefício
Uma audiência pública realizada na terça-feira (19/08), na Câmara dos Deputados, reuniu representantes do movimento sindical, parlamentares e entidades de classe trabalhadora para discutir a situação do plano de saúde dos aposentados do Itaú. A iniciativa foi da deputada federal Erika Kokay (PT-DF), que conduziu os trabalhos e destacou que a saúde suplementar é um direito essencial, especialmente para trabalhadores e trabalhadoras que dedicaram décadas de suas vidas ao setor financeiro.
A mobilização ocorre diante da insatisfação crescente dos aposentados, que denunciam a cobrança de valores cada vez mais altos para manter o plano de saúde. Após o encerramento do período em que o banco participa parcialmente do custeio, conforme previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), muitos passam a enfrentar mensalidades que superam R$ 2 mil por pessoa, chegando a ultrapassar R$ 4 mil para casais. Nessas condições, a manutenção do benefício se torna inviável para a maioria.
Ao encerrar a audiência, a deputada Erika Kokay afirmou que a luta pelo plano de saúde dos aposentados do Itaú não é apenas uma questão corporativa, mas de justiça social. “O direito à saúde não pode ser negado ou precarizado em nome do lucro. É preciso garantir condições dignas para quem dedicou sua vida ao trabalho e agora precisa de proteção”, declarou.
Caroline Heidner, diretora de Saúde Suplementar da Anapar, também participou do debate, trazendo a visão das associações de previdência complementar e reforçando a importância de uma regulamentação justa e equilibrada para os planos de saúde de aposentados.
Ao final, Jair Alves, dirigente da Contraf, reforçou a necessidade de ação conjunta entre o movimento sindical e os parlamentares: “Essa audiência demonstra que precisamos, juntos com os parlamentares, pautar a discussão da Lei 9.656/98 nos órgãos fiscalizadores e na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), garantindo que os aposentados tenham seus direitos protegidos de forma justa e equilibrada.”