Considerado uma prévia do PIB, Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve alta de 0,2% sobre julho. Em relação a agosto de 2023, o avanço foi ainda maior, 3%
Uma nova constatação do ritmo positivo da economia brasileira veio a público nesta segunda-feira (14). A atividade econômica em agosto registrou alta de 0,2%, na comparação com julho, dado que mais uma vez surpreendeu analistas e o mercado financeiro.
Os dados fazem parte do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) a soma dos bens e serviços produzidos no país.
Na comparação com o mês de agosto de 2023, o avanço foi ainda maior, batendo em 3%. A subida registrada no trimestre finalizado em agosto foi de 1,5% em relação aos três meses anteriores.
No ano, o índice soma uma alta de 2,9%. Já no acumulado de 12 meses, o IBC-Br cresceu 2,5%. Com relação a julho deste ano, o índice teve uma retração de 0,4%, a primeira desde março e a maior desde maio de 2023.
Segundo noticiou o jornal Valor Econômico, o resultado de agosto ficou acima da mediana das estimativas captadas pelo Valor Data junto ao mercado financeiro, de elevação de 0,10%, mas ficou dentro do intervalo das projeções, que iam de queda de 0,39% a crescimento de 0,50%. Outra pesquisa, feita pela agência Reuters, apontou que a projeção do setor era de estabilidade, após queda 0,6% em julho.
O resultado obtido no IBC-Br é mais um de uma série de dados que apontam para um cenário de maior robustez e estabilidade da economia, ao contrário do que em geral é apontado pelo mercado financeiro, que costuma jogar para baixo os avanços do país.
Na semana passada, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) aumentou em um ponto percentual sua projeção para o crescimento do país em 2024, passando de 2,4% para 3,4%. E, no início do mês, a agência Moodys elevou a nota brasileira de Ba2, dois níveis abaixo do grau de investimento, para Ba1, um nível abaixo dessa categoria, e ainda apontou para a possibilidade de uma nova alta nos próximos meses.
Ao mesmo tempo, o Brasil viu o número de pessoas empregadas chegar a 101,8 milhões no segundo trimestre de 2024, de um total de 109,4 milhões que compõem o universo da força de trabalho. Os índices são os melhores já verificados desde 2012, quando teve início a série histórica da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.