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“As redes sociais são instrumentos de gerar riqueza para quem mente”, afirma ex-ministro de comunicação

Antônio Cruz/Agência Brasil

4 de fevereiro de 2025

No bate-papo “Quanto custa uma fake news?” realizado sexta-feira (31), pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), o ex-ministro de comunicação e ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, afirma que “as redes sociais são instrumentos de gerar riqueza para quem mente” e potencializam a promoção de notícias falsas.

“A gente sabe que os algoritmos dão muito mais peso para mentira do que pra verdade e isso torna a rede social uma máquina de mentiras”, afirma Edinho.

A atividade lotou o auditório da sede do Sindicato com a presença de lideranças sociais, políticas e sindicais e teve como objetivo refletir sobre o contexto político e econômico vigente e a onda de notícias falsas que têm influenciado a política, principalmente, desde 2018.

Para Edinho, a mentira é danosa em qualquer situação e é necessário combatê-la com a verdade. “Quando estamos diante de uma dificuldade ou você chora ou você enfrenta. Neste caso temos que enfrentar e enfrentar com a verdade”, ressalta. 

O político defende a regulamentação dos veículos de comunicação, incluindo as redes sociais, para que sigam regras e impeçam o compartilhamento de fake news.

O presidente do SMetal, Leandro Soares, que conduziu o debate, lembra que notícias falsas podem custar caro à classe trabalhadora.

“As fake news já fizeram muita gente perder o emprego na nossa região, além de matar muitas pessoas na pandemia”, afirma.

Conjuntura política 

Ainda durante o bate-papo, Edinho falou sobre o fortalecimento do fascismo no mundo. Para ele, o movimento tem base social e é fruto da crise econômica de 2008, que desorganizou o capitalismo. 

“Se os países estão mais pobres, eles voltam para dentro e fortalece-se o nacionalismo. É tarefa da nossa geração derrotar o fascismo e não podemos jamais omitir que o bolsonarismo é fascista”, afirma.

Diante deste cenário, Edinho afirma que as organizações sociais e populares comprometidas com a classe trabalhadora precisam reforçar o diálogo.

“O trabalho também está mudando com as novas tecnologias e precisamos fazer uma disputa ideológica diante do desemprego estrutural e a precarização do trabalho”, destaca.

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