A presidente mundial do Santander esteve em São Paulo, dia 12 de abril, e reforçou seu foco em clientes e vendas. Sobre valorização dos funcionários nada ou pouco foi dito
A presidenta mundial do Santander, Ana Botín, visitou quarta-feira 12 a Torre Santander, como é conhecida a sede do banco espanhol no Brasil. Acompanhada do presidente do banco no país, Mário Roberto Opice Leão, ela participou de uma conversa com funcionários presentes no Teatro Santander e por meio do NOW.
Conforme Ana Botín e Leão o Santander dá e continuará dando importância para a diversidade para além da estratégia de marketing. O conceito, segundo os CEOs, será aplicado como ferramenta de transformação social.
Embora tenha parabenizado o resultado da operação brasileira e, em especial a participação de mulheres e negros nos quadros do banco, a executiva não explicou como o banco pretende melhorar o empoderamento destes grupos no banco.
O restante da conversa correu em torno de temas como resultado, horizontalidade, protagonismo, antecipação de riscos, transição para Open Finance e banco digital. Ou seja, metas, vendas, lucros!
“Na verdade, a presidente mundial e o nacional, mais uma vez, utilizam de bate papo para reforçar mais vendas, metas e lucros e terceirização. Sobre parar com demissões, terceirizações, não fechar agência, melhorar o ambiente de trabalho, contratações e valorizar os funcionários nada ou pouco foi dito. Muito pelo contrário, Mário Leão defendeu que os funcionários precisam consumir e serem clientes do Santander”, afirma Fabiano Couto, secretário de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do Santander.
Sobre a isenção de tarifas para os 53 mil funcionários, uma antiga reivindicação, nada comentou-se. A conversa não rendeu compromissos em favor dos bancários.