Os trabalhadores do Santander são os únicos (entre os funcionários de bancos privados) do Brasil que possuem um Acordo Coletivo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com abrangência por todo território nacional
Começaram ontem (03/03), em São Paulo, as negociações para a renovação do acordo específico do Santander. Depois da entrega da minuta, elaborada baseada na consulta realizada com os bancários, foram discutidas as cláusulas do documento.
A representação dos trabahadores solicitou a isenção de tarifas bancárias para todos os funcionários, já que o Santander é único banco privado no país a realizar esta prática, sendo que nas outras unidades do mundo não é feita a cobrança.
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A COE (Comissão de Organização dos Empregados) lembrou que em 2019, o banco lucrou R$ 18 bilhões apenas com tarifas, a quantia corresponde duas vezes a folha de pagamento, incluindo a PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
Na ocasião, foi discutida também a possibilidade do acordo ter validade de dois anos. Outra reivindicação foi a abertura de uma linha de crédito com juros mais baixos para os funcionários do que os praticados no mercado, seja consignado ou imobiliário.
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Durante a reunião, foi defendido pela COE um PPRS (Programa de Participação nos Resultados do Santander) no valor de R$ 3.658,00, porém a direção do banco só ofereceu R$ 2.774,00, que é bem distante da realidade do lucro recorde da empresa de R$ 14,550 bilhões, registrado em 2019.
Sobre a readequação das bolsas de estudos, o banco se mostrou inclinado em reestruturar o benefício dos bancários, principalmente no que diz respeito a segunda graduação e também a curso de especializações, como NBA.
Foi pedido que o banco assumisse duas provas do CPA10 e CPA20. Em relação às questões como saúde e segurança, ficou acertado que será montado um comitê de relações trabalhistas para tratar dos assuntos específicos. As negociações serão retomadas nesta hoje (04/03).
Aditivo
Os funcionários e funcionárias do Santander são os únicos trabalhadores, entre os bancos privados, que possuem um Acordo Coletivo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), em nível nacional. Oriundo do antigo acordo dos empregados do Banespa, banco público paulista incorporado pelo Santander no ano 2000, o Aditivo contém cláusulas econômicas e sociais específicas, que asseguram ao funcionalismo do banco espanhol conquistas que vão além daquelas previstas para toda a categoria bancária na CCT.
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Fonte: SEEB Bahia – 03/03/2020