A mudança acarretará prejuízos na qualidade de vida e na rotina familiar dos funcionários, segundo os trabalhadores
O Bradesco decidiu retomar um de seus endereços no centro da capital: o edifício Nova Central, na avenida Ipiranga, vizinho ao Copan. A volta ocorre num momento em que o banco impõe o retorno presencial de seus funcionários. Na última semana, ele anunciou que vai encerrar o modelo de home office para quase 900 funcionários a partir de janeiro de 2026.
A mudança acarretará prejuízos na qualidade de vida e na rotina familiar dos funcionários; além de sustentarem que o mesmo trabalho que será feito de forma 100% presencial a partir de janeiro poderia tranquilamente seguir sendo feito de forma remota, como acontece hoje no modelo híbrido.
“Totalmente desnecessário ir para o presencial fazer trabalho remoto. Isso impacta na qualidade de vida, nas relações familiares e na saúde emocional”, relatou um dos bancários impactados pelo retorno ao trabalho 100% presencial. “Tem PCDs (pessoas com deficiência) com restrições de locomoção”, acrescentou outro trabalhador. “Mesmo pessoas com condições de saúde e em readaptação não são respeitadas”, reforçou outro colega. “Temos a impressão que o banco quer se vingar da gente, que está procurando motivos para demitir”, desabafou mais um bancário presente na plenária.
O retorno ao trabalho presencial, comunicado pelo banco na semana passada, afetará 844 bancários do Departamento de Investimentos e 50 de uma das três diretorias da Tesouraria (Mesa Clientes).
O movimento sindical está questionando e em negociação com o Bradesco.