Decisão dos EUA cita conversas com o presidente do Brasil.
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (20/11) a suspensão das tarifas adicionais de 40% que incidiam sobre determinados produtos brasileiros.A lista inclui carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos do setor agrícola.
A decisão foi oficializada por meio de uma ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump e publicada no site da Casa Branca. A nova lista de produtos isentos passou a valer em 13 de novembro de 2025.
A medida modifica a ordem executiva 14.323, emitida em julho, que havia estabelecido a tarifa extra de 40% “em resposta a políticas e práticas do governo brasileiro consideradas uma ameaça à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”, de acordo com o comunicado oficial.
Segundo o texto, após uma conversa entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro, houve avanços nas negociações destinadas a solucionar os impasses levantados pelos EUA, o que levou à recomendação de retirar alguns produtos agrícolas brasileiros da cobrança adicional.

Trump citou a conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início de outubro, e escreveu que a retirada das tarifas é consequência das negociações entre o governo brasileiro e o norte-americano.
“Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento.”
“Também recebi informações e recomendações adicionais de diversos funcionários […] em sua opinião, certas importações agrícolas do Brasil não deveriam mais estar sujeitas à alíquota adicional […] porque, entre outras considerações relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o governo do Brasil.”
A Casa Branca informou ainda que o secretário de Estado, Marco Rubio, será responsável por monitorar o caso e poderá sugerir novas medidas, se necessário. A ordem executiva também autoriza diferentes órgãos do governo americano a implementar as mudanças e assegurar seu cumprimento.