Em 1 ano o Bradesco demitiu 2.361 bancários e fechou 296 agências. Também em função disso, tem alta 18,8% no lucro do 3º trimestre de 2025
O Bradesco divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2025 com lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões no período, alta de 18,8% em relação ao mesmo período do ano passado, informou o banco nesta quarta-feira (29).
Segundo apurado pelo site InfoMoney, com dados da Agência Reuters, ao final de setembro, o Bradesco tinha 2.059 agências, de 2.168 em junho e 2.355 um ano antes. O número de funcionários somava 81.657 após 82.147 em junho e 84.018 em setembro do ano passado.
“Ou seja, quanto mais o lucro aumenta, mais os funcionários e agências diminuem, e o desemprego alastra-se no setor bancário brasileiro. O atendimento se torna precarizado, a sobrecarga de trabalho e as metas agressivas adoecem os funcionários. Exatamente por isso que os colegas devem se associar ao Sindicato para sua própria defesa nessa luta”, avalia Ednilson dos Santos, dirigente sindical dos Bancários de Santos e Região e bancário do Bradesco.
Veja os lucros
O lucro líquido contábil ficou igual ao recorrente e foi de R$ 6,20 bilhões no terceiro trimestre de 2025, com alta de 18,8% na comparação anual, com o mesmo período de 2024.
O retorno sobre o patrimônio (ROAE) ficou em 14,7%, de 14,6% no trimestre anterior e 12,4% do terceiro trimestre de 2024.
A carteira de crédito expandida teve alta de 9,6% na comparação anual e crescimento de 1,6% trimestre a trimestre (t/t), em R$ 1,03 trilhões. Desses, R$ 451,6 bilhões são do segmento Pessoa Física, que teve alta de 13,8% na comparação anual. Já a divisão PJ ficou em R$ 582,7 bilhões.
Em receitas totais, o Bradesco teve R$ 35 bilhões, com alta de 13,1% na comparação anual. A margem financeira total teve alta de 16,9% ano contra ano. O banco apresentou alta de 20,1% no custo de crédito na comparação com o mesmo período de 2024, em 3,3%, com pequeno aumento dos 3,2% observados no trimestre anterior.
