Desde quarta-feira (08), o Curso da Intersindical debateu para organizar o papel dos sindicatos em 2026. Nesta sexta-feira (10), encerrou com palestras de Índio e Mané Gabeira
Nesta sexta-feira (10), o II Curso de Formação de Dirigentes Sindicais da Intersindical Central da Classe Trabalhadora encerrou com as exposições de Edson Carneiro Índio e Manoel Elídio Rosa (Mané Gabeira), da Direção Nacional da Intersindical, sob coordenação de Eriston Ferreira (Sindifort), sobre “O Papel dos Sindicatos em 2026”. (Foto abaixo)

Mané Gabeira iniciou chamando atenção para o combate ao capitalismo, o acúmulo de função, o trabalho polivalente, que vem adoecendo os trabalhadores. O Neoliberalismo que vem retirando direitos, produzindo colaboradores e empreendedores totalmente vulneráveis por não terem direitos. O ataque dos ultraliberais fascistas nos governos Temer e Bolsonaro, que defendem a diminuição do Estado, o fim do investimento no social; no extermínio dos direitos trabalhistas como fizeram na Reforma Trabalhista e depois a Reforma da Previdência Social, que quase exterminou a aposentadoria.
“A nossa resistência a esses ataques é levar a consciência sobre política para os trabalhadores e gerar o debate, com objetivo de fortalecer nosso projeto em defesa dos empregos com direitos”, diz Gabeira. Ainda conforme o sindicalista, precisamos mobilizar o maior número de pessoas indo na base (pé no barro) e atuar nas redes sociais, as duas tarefas.
“Precisamos lutar sem abrir mão da construção do socialismo para derrotar o imperialismo que se apropria das riquezas da Nação e leva o trabalhador ao desemprego e consequente pobreza e miséria. Para isso, precisamos desenvolver tecnologia, reindustrializar o Brasil, fortalecer o Estado e a democracia na rua”, ressaltou Gabeira.
“A classe trabalhadora reconhece autoridade em quem luta, a organiza e mobiliza em sua defesa!”, Finalizou Mané Gabeira.
Índio
Logo após, Edson Carneiro Índio, justificou que a luta contra a pejotização, terceirização, trabalho informal sem direitos, desemprego passa pela reeleição do governo Lula. “Precisamos eleger deputados, senadores e um presidente, em 2026, que invista na aposentadoria, em obras públicas e sociais, na industrialização do país, em tecnologia, exatamente para fomentar mais vagas de emprego formal com melhores salários, a manutenção das empresas públicas e o fortalecimento da previdência social”, explicou.
Índio afirma que não existe 3ª via, é preciso sim polarizar e reunir uma frente ampla de esquerda. Temos que voltar às ruas. “existem problemas sim, mas não temos outra alternativa. A tarefa do movimento sindical é reeleger o governo Lula. Caso contrário, os fascistas vão destruir todo o movimento sindical, os direitos, a CLT, a aposentadoria, os salários justos, privatizarão a Caixa, o BB, os Correios, destruirão os ´servidores e os serviços públicos como o SUS, por exemplo, entre muitos outros que servem a população”, colocou Índio.
Início e debates
O Curso de Formação teve início quarta-feira (08/10/25), no Sindicato dos Bancários de Santos e Região. Na mesa inicial estiveram Pedro Otoni, Secretário de Formação, Nilza Pereira, Secretária Geral da Intersindical; Ricardo Saraiva Big, Secretário de Relações Internacionais; Eriston Ferreira, do Sindifort. (Esquerda para direita, na foto Abaixo)

Os objetivos foram debates sobre o papel dos sindicatos para 2026, desafios da classe trabalhadora, fortalecer a formação política, analítica e organizativa de lideranças sindicais e sociais. Além de formular estratégias de resistência e ação, na Oficina ministrada por Pedro Otoni (Secretário de Formação da Intersindical).

Participaram dirigentes sindicais do SEEB de Santos e Região/SP, Sindifort/CE, Siatrans/CE, Sisemjun/CE, Sinai/RN, Sasec/CE, Sindicato dos Químicos de Osasco/SP, Sindute/MG, SindPetro Litoral Paulista, Movimento Sem Direitos e Bancários na Luta/SP. (foto acima)
Palestras e debates
Dia 08, pela manhã, houve palestras e discussões sobre a Soberania e eleições no Brasil com o vereador (Psol) de São José do Rio Preto, João Paulo Rillo, com mediação de Nilza Pereira (Secretaria Geral da Intersindical) e o economista Luís Fevereiro. (Foto Abaixo)

À tarde, a exposição sobre Brics + China e o papel Geopolítico do Brasil ficou a cargo do Prof. Dr. Luiz Fernando Mocelin (Unisantos) e do jornalista e fundador do Opera Mundi, Breno Altman, mediados por Ricardo Saraiva Big (Secretario. de Relações Internacionais da Intersindical). (Na foto abaixo, Prof. Mocelin no microfone)

Na quinta-feira (09), pela manhã começaram com a doutorando em Sociologia pela USP, Mestre em Ciência da Religião (PUC-SP) e Socióloga da Religião (FESPSP) Tabata Tesser; e o Prof. Dr. Pela Unisantos, Ricardo Galvanese, coordenação: Eneida Koury (Sindicato dos Bancários de Santos e Região). As palestras foram sobre como pensa a nova extrema direita. (Foto abaixo, Galvanese fala ao microfone)

Oficinas sob a coordenação de Pedro Otoni, para organizar estratégias sindicais



