A economia brasileira fechou 101.748 postos de trabalho com carteira assinada em janeiro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
Foi a primeira vez desde 1999 que o país teve corte líquido de emprego formal em um mês de janeiro. Na época, haviam sido demitidos 41.211 trabalhadores com carteira assinada. A série histórico com a atual metodologia do levantamento se iniciou em 1999.
Em janeiro deste ano completou-se o terceiro mês seguido de redução no número de vagas formais no país.
Já por efeito da crise, novembro mostrou corte líquido de 40,82 mil vagas, algo incomum para o mês. Dezembro apontou perda de 654,9 mil vagas, o dobro da média histórica para o período.
Em janeiro do ano passado a situação era oposta: houve geração líquida de 142.921 vagas.
O setor que mais desempregou no mês passado foi a indústria de transformação, com 55,1 mil cortes. Em seguida vêm o comércio, com 50,8 mil demissões, e a agricultura, com 12,1 mil empregos formais a menos.
Construção civil gera empregos
O segmento de construção civil, ao contrário, teve geração líquida positiva de 11,32 mil vagas em janeiro.
Mesmo assim, o aumento está em ritmo bem abaixo do verificado no mesmo mês do ano passado, quando foram criados 38,6 mil postos.
O setor de serviços também ampliou as contratações, com mais 2,45 mil empregados, assim como a administração pública, com mais 2,23 mil vagas.
“O comportamento desfavorável do emprego em janeiro, além de refletir a influência de fatores sazonais, assinala a continuidade dos desdobramentos da crise internacional”, destacou o ministério em comunicado.
Fonte: U