Dados do Ipea mostram que mercado recebeu só no 2° trimestre deste ano 1,7 milhão de trabalhadores, recorde na série histórica da PNAD Contínua e, em números absolutos, de todos os tempos
Um dado divulgado esta semana pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostrou que o Brasil atingiu um recorde histórico neste segundo trimestres de 2024: 109,4 milhões de pessoas como força de trabalho e 101,8 milhões ocupadas. Os indicadores são os maiores registrados desde que a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) começou em 2012 e, em números absolutos, representa o maior contingente de cidadãos e cidadãs ocupados já visto no país.
Se uma comparação for feita com o mesmo período de 2023, o crescimento da força de trabalho foi de 1,7%, enquanto o de população ocupada subiu 3%. Com uma tendência geral de aumento significativo dos empregos formais, o dado revela que cada vez mais brasileiros estão conseguindo trabalho com carteira assinada (1,7 milhão de novos postos, que representa um crescimento de 38%) e mais proteção por conta dos direitos, o que reflete também num crescimento na renda média nacional.
Na mesma pesquisa, o Ipea constatou que a desocupação (desemprego) caiu para 6,9%, o mais baixo nível dos últimos 10 anos, o que dá ao presidente Lula (PT) novamente a pecha de um grande criador de postos de trabalho, uma vez que durante os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) a desocupação explodiu, culminando em graves e duradouras crises de desemprego generalizadas.
O documento aponta ainda um crescimento na renda média do trabalhador brasileiro, que chegou a R$ 3.214, ou seja, 5,8% maior do que no mesmo período de 2023. Os setores que mais cresceram foram os de transporte, informática e serviços pessoais, que alavancaram o aumento, ao passo que a agropecuária registrou nova queda no número de trabalhadores ocupados.