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Caixa Econômica Federal

Vitória: pressão dos sindicatos leva governo Lula a revogar CGPAR 42

29 de abril de 2024

Os empregados e empregadas da Caixa Econômica Federal conquiataram uma vitória histórica anunciada nesta sexta-feira (26): após intensa pressão e campanhas dos sindicatos, da Fenae (Federação Nacional dos Empregados da Caixa) e demais entidades representativas dos trabalhadores das estatais. O governo Lula revogou a CGPAR 42 (resolução 42 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União). 

Na avaliação do movimento sindical, o novo texto atende, em grande parte, às demandas dos trabalhadores. Mas há ainda questões que também precisam avançar.

A parte da medida mais relevante é a que retira o limite de 50% imposto às empresas no custeio dos planos de saúde dos empregados.  Agora, com a publicação da resolução substituta, a CGPAR 52, a participação da empresa estatal federal no custeio de planos de saúde poderá ser de 70% da despesa total. A principal reivindicação dos trabalhadores.

Outro avanço importante é a livre negociação entre os sindicatos e as estatais para determinar benefícios e direitos nos acordos coletivos, reconhecendo a autonomia gerencial das empresas estatais, observando a exposição de possíveis riscos das empresas. 

Outras demandas 

Os sindicatos alertam, porém, para outras batalhas importantes que precisam ainda serem enfrentadas como a retirada do teto de 6,5% da folha de pagamentos que impõe o estatuto da Caixa como limitação do custeio do Saúde Caixa e a norma CPC 33.

A CPC 33 estabelece que “instituições financeiras devem constituir uma provisão atuarial dos chamados “benefícios pós-emprego”, como planos de saúde e previdência complementar.

Também continuam em vigor algumas restrições que impedem que sejam incorporadas a acordos futuros a concessão de licença prêmio e abono assiduidade, gozo de férias superior a 30 dias e a incorporação de gratificações de cargos em comissão e funções gratificadas.

Os sindicatos criticam também o fato de ter sido introduzida uma nova vedação de que sejam concedidos adicionais por tempo de serviço aos trabalhadores das empresas e que esses direitos poderão ser mantidos apenas para as empresas que já tinham acordos coletivos em que eles fossem previstos. 

De qualquer forma foi uma vitória e um avanço porque o governo aceitou debater com os empregados.

Importância da mobilização 

A pressão dos trabalhadores se intensificou desde novembro do ano passado, quando as entidades foram a Brasília para cobrar a revogação da medida. 

Na ocasião, a reunião não foi satisfatória diante da inflexibilidade inicial do governo. 

O movimento sindical e entidades representativas de diversas estatais realizaram uma manifestação em frente ao Ministério, com o apoio de deputados federais do PSOL, PT e PC do B. 

Graças a esta pressão dos sindicatos, começou a haver avanços nas negociações e uma comissão foi formada por representantes dos trabalhadores e da coordenação de estatais para debaterem e formularem uma nova proposta de normativo. Agora, a luta dos trabalhadores de estatais vai continuar. 

Clique no Link abaixo e confira a Resolução da nova CGPAR 

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-cgpar-n-52-de-17-de-abril-de-2024-556240908

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