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Brasil fechou 2023 com inflação de 4,62%, abaixo do teto da meta

Valter Campanato/Agência Brasil

11 de janeiro de 2024

O Brasil encerrou 2023 com inflação de 4,62%. Em dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,56%, conforme informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano foi de 3,25%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que o limite tolerado para a inflação em 2023 era de 4,75%. Ao fechar o ano em 4,62%, a inflação ficou acima do centro da meta, mas abaixo do teto.

O que barateou e o que encareceu?

Segundo o IBGE, o resultado de 2023 foi influenciado principalmente pelo grupo Transportes, que teve alta de 7,14% e um impacto de 1,46 ponto percentual no índice no acumulado do ano.

Na sequência, vieram os grupos de Saúde e cuidados pessoais, com alta de 6,58% em 2023 ante 2022, e Habitação, que subiu 5,06% na comparação anual. Os impactos dos grupos foram de 0,86 e 0,77 ponto percentual, respectivamente.

Já o grupo que contempla Alimentação e bebidas, grupo de maior peso no IPCA, subiu 1,03% no ano.

  • Transportes

No grupo de Transportes, a alta foi justificada principalmente pelo aumento de 12,09% da gasolina ao longo do ano. O subitem é o que tem maior peso no grupo e contribuiu com 0,56 ponto percentual no segmento.

Na sequência, veio o subitem emplacamento e licença, que subiu 21,22% e contribuiu com 0,53 ponto percentual.

Outra alta importante, segundo o IBGE, foi a das passagens aéreas, que encareceram 47,24% e contribuíram com 0,32 ponto percentual no acumulado do ano.

Por fim, os preços dos automóveis novos avançaram 2,37%, mas subiram em ritmo menor que no ano anterior, quando tiveram alta de 8,19%. Já os automóveis usados tiveram um recuo de 4,80% em 2023.

  • Saúde e cuidados pessoais

Em Saúde e cuidados pessoais, a maior contribuição veio do plano de saúde, que ficou 11,52% mais caro e contribuiu com 0,43 ponto percentual.

Outras altas relevantes foram a dos produtos farmacêuticos, que subiram 5,83%.

  • Habitação

Em Habitação, a principal causa do aumento veio do encarecimento de 9,57% da energia elétrica residencial, que contribuiu com 0,37 ponto percentual.

Outros destaques, segundo o IBGE, foram a taxa de água e esgoto, que subiu 10,08%, o condomínio que aumentou 6,74% e o aluguel residencial, com alta de 3,21%).

Por outro lado, houve queda de 6,89% no gás de botijão.

  • Alimentação e bebidas

O resultado do grupo Alimentação e bebidas foi influenciado, segundo o IBGE, pela queda nos preços da alimentação no domicílio, que ficou 0,52% mais barata.

Os destaques foram o óleo de soja, que caiu 28%, o frango em pedaços, com queda de 10,12%, e as carnes que baratearam 9,37%.

Por outro lado, a alimentação fora do domicílio, encareceu 5,31%. Enquanto a refeição teve aumento de 4,34%, a alta do lanche foi de 7,24%.

Nathália Larghi, Valor Investe — São Paulo

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Publicado por: Gustavo Mesquita

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