A categoria vem brutalmente adoecendo psicologicamente pelas ameaças por metas impossíveis. E o Itaú aumentou ainda mais a pressão e as metas. Ninguém aguenta mais!
Violência, ganância, falta de humanidade e desrespeito são expressões insuficientes para classificar a decisão do Itaú de, a partir do início de janeiro, aumentar ainda mais as metas, que já eram absurdamente abusivas. As de anos anteriores foram suficientes para causar um colapso na saúde física e mental dos bancários e bancárias, fazendo disparar o número de adoecimentos, por estresse, depressão, ansiedade e síndromes do pânico e de burnout.
Segundo informações, até o ano passado para atingir 100% de ICM o funcionário tinha que chegar a 80 pontos de engajamento, 1.950 pontos no item seguro e 250 mil no empréstimo. A partir de janeiro o banco promoveu uma explosão sem precedentes destes números: 114 de engajamento, 3.314 para seguro e 594 mil pontos para empréstimo. A única meta que não sofreu qualquer aumento foi a da negociação.
Menos metas, mais saúde
Com as metas já extremamente abusivas no ano passado e nos anos anteriores, o que se constatou foi o crescimento do número de adoecidos no Itaú, o que levou ao lançamento pelo movimento sindical bancário da campanha Menos Metas, Mais Saúde a partir de abril. Houve seguidas manifestações e paralisações. A campanha também se colocava contra o fechamento de agências e demissões.
O problema do adoecimento em consequência das metas, vem acontecendo também em outros bancos. De 2012 a 2021, 42.138 bancários tiveram de entrar de licença pelo INSS por conta de doenças e acidentes relacionados ao trabalho. Os dados são do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho – uma iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT) em cooperação com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) – e foram compilados pelo Dieese.