Após Banco Central cortar taxa, mercado revê expectativas e reduz suas previsões sobre juros
Dias depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) cortar a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, bancos revisaram suas expectativas para o indicador já prevendo patamares mais baixos para ele no mês que vem e ao final do ano.
As novas previsões constam da última edição do Boletim Focus, divulgado pelo BC nesta segunda-feira (7). O Focus é produzido com base em estimativas coletadas pelo BC com economistas-chefes de instituições financeiras que atuam no país.
Até a semana passada, esses economistas previam que a Selic fechasse o mês de setembro em 13% ao ano. Agora, já preveem que ela esteja em 12,75%, o que significa uma expectativa de novo corte de 0,5 ponto na próxima reunião do Copom marcada para meados do mês que vem.
Na semana passada, o mesmo Copom cortou a Selic em 0,5 ponto, a reduzindo de 13,75% ao ano para 13,25% ao ano. A queda, tão reivindicada por governo, empresários e sociedade, surpreendeu os bancos, que estimavam um corte de 0,25 ponto.
Apesar do corte, a taxa básica de juros da economia brasileira segue a mais alta do mundo, em termos reais (juros menos a inflação), segundo o Ministério da Fazenda.
Os economistas dos bancos também revisaram suas estimativas para a Selic ao final deste ano. Até semana passada, esperavam 12% ao ano. Agora, 11,75% ao ano.
A previsão para a inflação do país em 2023 segue inalterada, mesmo com a mudança da Selic: 4,84%. Já a previsão para o crescimento da economia subiu ligeiramente de 2,24% para 2,26%.