Consulta Nacional dos Bancários revela dados preocupantes, que serão debatidos na Conferência dos Bancários realizada dias 4,5 e 6 de agosto
A Conferência Nacional dos Bancários será realizada entre 4 e 6 de agosto na capital paulista. A pesquisa realizada entre a categoria revelou dados preocupantes sobre a saúde mental da maioria dos trabalhadores.
Alguns resultados da consulta nacional realizada com os bancários, com foco no estado de São Paulo, revelam dados relevantes sobre as condições pessoais e de trabalho desses profissionais. Constatou-se que 35% dos bancários que participaram da pesquisa fazem uso de medicamentos controlados. Além disso, 76% relataram sofrer com preocupações constantes relacionadas ao trabalho, cansaço e fadiga persistentes, desmotivação e vontade de não ir trabalhar, bem como dificuldade para dormir, mesmo aos finais de semana.
Entre outros pontos levantados, 46% dos entrevistados defendem uma maior participação dos bancários na definição das metas, enquanto 36% desejam que as metas considerem critérios como porte da unidade, região, número de empregados e carteira de clientes.
A consulta também apontou outras questões relevantes. Por exemplo, 74% dos participantes são favoráveis à regulamentação da internet; 71% consideram a taxação de grandes fortunas como algo muito importante; 63% defendem o fim da isenção de impostos pagos a acionistas; e 81% consideram de grande importância a isenção do Imposto de Renda sobre a participação nos lucros ou resultados (PLR).
Desafios constantes
Dirigentes sindicais afirmam a necessidade de debater o avanço tecnológico e como isso pode beneficiar os trabalhadores. A importância de ampliar a atuação nas redes sociais e aprimorar a comunicação para alcançar os trabalhadores, com o objetivo de organizá-los para sua defesa contra os ataques aos seus direitos.
Pautas da categoria
O debate sobre a redução da jornada de trabalho, com a implantação da semana de quatro dias de expediente é uma das pautas da Conferência dos Bancários. Também serão abordadas e discutidas o combate à violência contra a mulher, igualdade de oportunidades, ampliação da diversidade no ramo financeiro, representação sindical dos bancários, a importância de fortalecer a negociação coletiva para representar todos os trabalhadores. Isso inclui aqueles que não possuem carteira assinada.