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Governo vê fim do rotativo no cartão de crédito como solução parcial para juro alto

Marcello Casal jr. Agência Brasil

18 de julho de 2023

Governo quer ainda transparência nas taxas para expor as consequências “desastrosas” de se financiar com juros tão altos

O governo vê com alguma simpatia a ideia vinda dos bancos de acabar com o rotativo do cartão de crédito, parcelando diretamente o montante não pago no vencimento, mas não é suficiente para resolver o problema dos altos juros nessas operações. A iniciativa ainda está em estudo, sem martelo batido, porém, na leitura da equipe econômica, tem potencial de reduzir substancialmente as taxas de financiamento.

O governo entende que a medida não pode ser isolada porque o nível de juros, mesmo à metade, seguiria muito alto, provocando inadimplência, que já é excessiva no segmento.

De acordo com os dados mais recentes do Banco Central, o juro médio do rotativo do cartão é de 455% ao ano, enquanto o parcelado no cartão é de 194,3%. Para se ter uma ideia, esse custo do parcelado é mais de 60 pontos superior ao do cheque especial, atualmente em cerca de 130% anuais e que tem um tabelamento em vigor.

A estratégia para tentar melhorar a situação do cartão de crédito passa por maior transparência nessas taxas, durante a operação do cliente, tentando deixar mais clara as consequências “desastrosas” de se financiar com juros tão altos.

Também visa desestimular a análise de curto prazo para uma visão de médio e longo prazo. E buscar incentivar pagamentos maiores à vista e com prazos mais alongados à medida que se amplia o nível de quitação da fatura no vencimento.

O governo tem no radar uma preocupação em evitar que, a partir de um eventual fim do rotativo e o parcelamento automático, acabe se gerando um estímulo ao maior endividamento e que, no fim das contas, mantenha os altos níveis de inadimplência em vigor, que retroalimentam as taxas altas do segmento.

Os dados do BC mostram que no rotativo os calotes chegam a 54%, enquanto no parcelado caem para 8,7%. Essa segunda perde apenas para a inadimplência de 13,2% do cheque especial. Na visão do governo, esse quadro acaba levando a situações até de prejuízo em alguns operadores do setor, mesmo com as tarifas cobradas dos lojistas e os serviços associados.

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