Estabelecimentos financeiros, como bancos, estão entre os locais apontados onde houve algum tipo de discriminação
Levantamento feito pela Fundação Procon-SP sobre a percepção do consumidor em relação a posturas discriminatórias foi respondido por 2.661 pessoas e, destas, 644 – ou 24% do total – afirmaram ter sido discriminadas em alguma relação de consumo.
Dentre as que afirmaram terem sido discriminadas, a maior parte declarou ter sido pela sua condição financeira (254 pessoas ou 39,44%); por causa da raça/cor foram 191 pessoas ou 29,66% dos respondentes e 10,56% – 68 pessoas – por serem mulheres.
Veja o resultado completo da pesquisa.
O questionário da pesquisa tinha como objetivo identificar consumidores que sofreram algum tipo de discriminação ao estabelecer ou tentar estabelecer uma relação de consumo. Os resultados apontados irão subsidiar ações e estudos da Fundação Procon-SP, especialmente na orientação e atendimento aos consumidores sobre mais este direito.
Outros dados
Ainda segundo a pesquisa, na percepção da grande maioria dos que responderam ter sido discriminados – 76,40% (492) – a discriminação aconteceu de forma sutil e camuflada. E quanto ao local em que o fato ocorreu, destacam-se: loja (de roupas, calçados, eletroeletrônicos, entre outras) com 28,26%; estabelecimentos financeiros (bancos, financeiras, seguradoras e similares) com 12,89%; locais que oferecem refeições com 9,32%; shoppings centers, 8,07% e mercados (supermercados, hipermercados, hortifrúti, granjas etc.), 6,52%.
Em relação a qual atitude tomaram para reparar a discriminação, 58,23% (375) responderam não ter tomado nenhuma atitude; 27,17% (175) exigiram respeito aos seus direitos; 8,23% (53) notificaram a Ouvidoria da empresa e, 6,37% (41) denunciaram às autoridades competentes.
Das 41 pessoas que declararam ter denunciado a discriminação às autoridades competentes, 17 recorreram ao Procon e 16 à uma delegacia de polícia.