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Salário de mulheres é 22% menor que dos homens nos bancos

15 de março de 2023

Situação no mercado de trabalho bancário é ainda pior que demais setores e sindicatos cobram igualdade de salários e condições de ascensão profissional

O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) realizaram nesta terça-feira (14), a mesa permanente de negociação sobre Igualdade de Oportunidades. A desigualdade na média salarial entre homens e mulheres no setor bancário é ainda pior do que na média que reúne todos os setores da economia: 22% no sistema financeiro contra 21% na média geral.

“Esse é um problema enraizado na nossa sociedade. É necessário e urgente, que os bancos criem programas de valorização das mulheres, para acabar de vez com a desigualdade salarial e o machismo estrutural”, ressalta Eneida Koury, secretária de Finanças do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

Nova Lei contra desigualdade

O Projeto de Lei prevê que empresas que pagam salários diferenciados a uma mulher que tem o mesmo tempo de casa, a mesma função e com escolaridade similar a um funcionário homem serão multadas em dez vezes o valor do maior salário pago na mesma firma. O texto seguirá para análise do Congresso Nacional.

Discriminadas na contratação

O movimento sindical apresentou dados importantes mostrando que, a discriminação começa já na hora da contratação e também nas demissões. Números do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) sobre a eliminação de postos de trabalho e contratação de novos funcionários, revelam que nas áreas de TI (Tecnologia da Informação) desde a pandemia, vem reduzindo o número de mulheres contratadas.

“Os bancos precisam reavaliar os critérios de contratação, dando mais oportunidades para as mulheres. Só, assim, ampliaremos a participação das bancárias como gerentes gerais de agências, superintendentes, regionais e diretoras, que ainda é muito pequena”, ressalta Élcio Quinta, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

Violência contra bancárias

Os sindicalistas abordaram também a questão da violência contra as bancárias, incluindo sobre os casos de assédio sexual e moral.

Nos últimos seis anos, esta desigualdade salarial no sistema financeiro apresentou crescimento exponencial. Em 2021, as bancárias recebiam 78,5% do salário dos homens enquanto que, em 2010, esse percentual era de 76,9%. Nos últimos vinte anos, apenas nos anos de 2021 e 2014, durante o governo Dilma Rousseff, essa diferença teve alguma redução.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), são as mulheres as maiores vítimas do desemprego: a taxa de desocupação é de 11% entre elas e bem mais baixa entre homens: 6,9%.

Assédio sexual no trabalho

Os números de assédio sexual contra mulheres nos locais de trabalho são estarrecedores e tiveram um “boom” em 2022: foram 77.547 processos na Justiça do Trabalho que tratam deste tipo de violência, fora os casos em que elas ficam com medo de denunciar. Em 2021 foram 4.690 casos, ou seja, um aumento de 94,3% no número de casos denunciados à Justiça. Os dados apresentados pelos sindicalistas na reunião com os bancos, são do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Endividamento

O endividamento e inadimplência no país, fruto dos maiores juros praticados no mundo, também são maiores entre as mulheres do que em relação aos homens. Estudo do Dieese mostra que, em dezembro do ano passado, 78,8% delas deviam ao cartão de crédito, ou carnês de lojas e em fevereiro deste ano este número saltou para 79,5%. Já 77,5% dos homens tinham dívidas, caindo para 77,2% em 2023.

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