O presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Ricardo Saraiva Big; e os diretores da entidade Eneida Koury, Pedro de Castro Junior e Fabiano Couto estiveram reunidos com o Prefeito Tércio Garcia e o Vice-Prefeito, Rogerio Barreto de São Vicente, dia 20 de março de 2012, no Paço, para tratar sobre a Lei 25/12, aprovada pela Câmara Municipal, que dispõe sobre a obrigatoriedade da desinstalação das portas giratórias com detectores de metais nas agências bancárias do município.
“Tércio Garcia e Rogério Barreto concordaram que a manutenção das portas são importantes para que pessoas armadas sejam impedidas de entrarem nas instituições bancárias e entenderam que elas evitam assaltos e outros tipos de violência, depois de nossa argumentação”, afirma Big. O prefeito de São Vicente se propôs a construir, em conjunto com os vereadores, a retirada da Lei e a manutenção das portas nas unidades bancárias.
Foram entregues ao prefeito, pela diretoria do sindicato, cerca de duas mil assinaturas contra a retirada do equipamento colhidas entre bancários, clientes, vigilantes e a população em geral, em apenas dois dias.
Antes das portas 1.903 assaltos, depois da instalação 369
Em 1995 os assaltos tinham aumentado 119,5%. Depois da instalação das portas, no final da década de 90, houve uma redução de aproximadamente 80% no número de assaltos, conforme dados da própria Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), entidade patronal. Segundo a estatística da Febraban, ano de 2000 foram registrados 1.903 assaltos contra 369 em 2010.
Porém, em 2011 quando os bancos iniciaram uma campanha nacional para retirada deste equipamento o número de roubos começou a aumentar e já foram contabilizados 422 em 2011, 14,36% maior em relação ao ano anterior. Isto só tende a aumentar nas cidades em que a Lei que obriga portas for derrubada.
Retirada de portas giratórias aumentam mortes em 2011
Em 2011, conforme pesquisa nacional das confederações dos bancários e dos vigilantes, com base em notícias da imprensa, 49 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos em todo país, uma média de quatro vítimas por mês, na sua maioria clientes, depois que os bancos começaram a inaugurar unidades sem portas giratórias. Em 2010, quando a campanha para insegurança imposta pelos bancos ainda estava no início, houve 23 ocorrências.
Os representantes sindicais frisam que os bancos possuem recursos de sobra para ampliar os investimentos em segurança. Pesquisa do Dieese, com base nos balanços de 2011 dos cinco maiores bancos, mostram que as despesas de segurança e vigilância somaram R$ 2,6 bilhões, o que representa uma média de apenas 5,2% do lucro líquido de R$ 50,7 bilhões.
Fonte: Imprensa Seeb Santos e Região