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Engel deixa HSBC e deve assumir cargo no Santander

21 de março de 2012

Em um comunicado lacônico, o HSBC Brasil anunciou ontem a saída de Conrado Engel da presidência do banco, sem informar quem será seu substituto, o que deixou a impressão de que o banco não havia planejado a sucessão. A mudança deve mexer também com o comando do maior bancos estrangeiro presente no país, o Santander. 
Segundo o Valor ouviu de três executivos, Engel estaria a caminho do concorrente espanhol, onde poderá ocupar a vaga deixada por José Berenguer. Vice-presidente sênior, Berenguer está de saída do banco para criar uma nova área na gestora de recursos Gávea, ligada ao J.P. Morgan.
Engel poderia ocupar exatamente a mesma função ou um cargo adaptado após algumas reformulações internas.
O Santander tampouco tinha uma solução pronta para substituir Berenguer. Tanto assim que, depois que a informação de sua saída vazou, o banco confirmou seu desligamento na semana passada sem ter ainda o nome de seu substituto para anunciar.
O Valor apurou que a direção do banco na Espanha avaliava três possibilidades. Dividir as atribuições de Berenguer entre os outros vice-presidentes, trazer um executivo espanhol para responder pelo varejo ou contratar um executivo no mercado brasileiro.
Para o banco, um executivo brasileiro tem algumas vantagens: o conhecimento do mercado local e o potencial de evitar o ruído que seria causado com a indicação de mais um executivo espanhol para cargo de comando no Brasil. Consultado, o Santander informou por meio de sua assessoria de imprensa que não comentaria sobre a informação da contratação de Engel.
Se fizer uma boa gestão à frente do varejo do Santander, Engel poderá se credenciar a substituir o espanhol Marcial Portela Alvarez, que espera-se que não faça um mandato muito longo na presidência da subsidiária brasileira. Em entrevista ao Valor, em dezembro, Portela disse que havia aceito o cargo apenas por um “tempo razoável”. Hoje, o Santander Brasil não tem um nome brasileiro para sua sucessão.
O HSBC, desde a entrada de Stuart Gulliver na presidência mundial em janeiro do ano passado, vem passando por grandes transformações, incluindo a saída de diversos países e a venda de algumas operações.
Esse redirecionamento levou à tentativa frustrada de vender a financeira Losango e as carteiras de financiamento a veículos e crédito consignado. Engel, que estava na presidência do banco no Brasil desde junho de 2009, via na financeira uma ferramenta para gerar clientes empresariais e correntistas pessoas físicas.
Engel estava insatisfeito com a forte pressão exercida pela matriz para que cortasse custos, o que deixava pouca margem de manobra para operar.
A chegada de Gulliver também trouxe mudanças na hierarquia do banco. Presidentes de países passaram a responder a líderes regionais, que, por sua vez, se reportavam a Londres. Engel respondia ao argentino Antonio Losada, que assumiu o comando da América Latina em novembro do ano passado, quando a presidência da região foi transferida do México para o Brasil. Desde fevereiro, o executivo vinha dividindo o primeiro andar da sede do HSBC em São Paulo com Engel.
Dentro dessa nova estrutura do HSBC, o comando financeiro da subsidiária brasileira já tinha sido mudado também em fevereiro, quando Alvaro Azevedo foi substituído pelo argentino Martin Peusner, que ocupava o mesmo cargo na Argentina.
Apesar de o HSBC constantemente reafirmar que o Brasil faz parte dos seus planos estratégicos, a ideia do banco é reduzir o foco em operações de varejo que são geradas fora das agências, ao mesmo tempo em que se concentra no varejo de alta renda. Por isso, a instituição parou de conceder financiamento a automóveis e crédito consignado para quem não é correntista.
O relatório dos resultados mundiais do banco trouxe em sua capa a imagem do porto de Santos (SP) com um navio chinês, sinalizando o interesse do HSBC no Brasil e no intercâmbio comercial com a China. O país registrou US$ 1,23 bilhão de lucro antes de impostos no ano passado, volume 19% superior ao de 2010, superando os 15% de expansão global, pelo padrão contábil internacional (IFRS).

Fonte: Valor Econômico

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