A atual diretoria da Cassi deve focar no aprimoramento do atendimento aos associados e não em reduzir gastos para privatizar com a terceirização
A fila de espera para o atendimento via telemedicina da Cassi vem acumulando diariamente mais de 400 pessoas, desde a semana anterior ao Réveillon. O tempo de atendimento tem demorado entre 12 e 15 horas, o que tem feito muitas pessoas desistirem e procurarem o pronto-socorro mais próximo.
Para piorar, a atual diretoria da caixa de assistência, cuja presidência tem profundo alinhamento com o governo Bolsonaro, não só informa que não há previsão para regularização da situação, como também joga a culpa pela sobrecarga de atendimento nos próprios associados.
O atual diretor de rede atendimento da Cassi, Luiz Satoru, divulgou um comunicado nos grupos eletrônicos de mensagens e redes sociais informando que “a telemedicina da CASSI está neste momento com uma grande sobrecarga de atendimentos, muito provavelmente por ‘algum relaxamento’ coletivo nas festas de final de ano”.
A atual diretoria eleita da Cassi vem desmontando a Estratégia Saúde da Família – focada no acompanhamento médico periódico e contínuo do associado e de seus dependentes –, buscando, com isso, apenas a redução dos custos com a terceirização da telemedicina – ação essa desfavorável para o convênio médico e para o paciente –, ao invés de priorizar o tratamento inteligente com prevenção e saúde.
A Cassi ficou sob intervenção fiscal da ANS entre julho de 2019 e junho de 2020. Em novembro de 2019, o Corpo de Associados aprovou a nova proposta de reforma estatutária da Cassi, que foi elaborada com a grande participação das entidades de representação do funcionalismo, e que injetou cerca de R$ 1 bilhão na caixa de assistência, possibilitando a saúde financeira da entidade.
Os sindicalistas pressionam por uma gestão responsável que assegure atendimento adequado aos associados. O momento requer muita atenção devido à pandemia atual. “A atual diretoria da Cassi deve focar no aprimoramento do atendimento aos associados e não em reduzir gastos para privatizar com a terceirização a Caixa de Assistência dos funcionários”, finalizam diretores do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Crédito: SEEB de SP
Fonte: SEEB de São Paulo com edição da comunicação do SEEB de Santos e Região