Banco fez uma reserva de R$ 10,4 bi, para cobrir possíveis calotes que reduziu o lucro de R$ 7,749 bilhões para R$ 5,989 bilhões; Lucro do banco no país representa 32% de todo seu lucro mundial, mesmo assim, promoveu redução no quadro funcional de 844 postos de trabalho em plena pandemia
Esperto, o Santander constituiu, no segundo trimestre, R$ 3,2 bilhões em PDD (Provisão para Devedor Duvidoso) sob a justificativa de a inadimplência atingir o pico no fim deste ano. O banco ficou com uma cobertura de 272%. Quer dizer que, para cada real em atraso, há R$ 2,72 provisionados.
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Com o reforço nas PDDs, o Santander mascarou o lucro líquido, com uma queda de 41,2% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 2,136 bilhões).
O aumento absurdo é injustificável e o próprio presidente do banco dá a dica. Sérgio Rial afirmou que o cenário à frente não é a catástrofe que parecia logo que a crise começou.
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As contratações de produtos e serviços por clientes estão 10% maiores agora do que antes da pandemia. Mais uma prova de que a empresa só usou as provisões de calote para esconder o real lucro.
O Santander fechou 50 agências e demitiu 844 funcionários nos três meses até junho, mas obteve R$ 466,749 bilhões na carteira de crédito no mês passado. Alta de 0,7% em três meses e 18,4% em um ano, por conta das operações com empresas.
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Fonte: Contraf & SEEB BA – Julho 2020