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Pilantragem: Itaú envia comunicado ilusório sobre reforma trabalhista

1 de junho de 2017

Texto enviado aos funcionários do banco não esclarece sobre retirada de direitos com mudanças pretendidas por Temer.

O Itaú enviou comunicado aos seus funcionários abordando pontos da reforma trabalhista proposta por Temer. O texto não faz uma defesa explícita do projeto, mas também não esclarece os trabalhadores sobre a grave ameaça de retirada de direitos. Além disso, a nota afirma que a reforma “tem sido amplamente discutida nos meios de comunicação”.

 

O que temos acompanhado na chamada grande mídia não é uma discussão sobre o projeto, e sim uma ampla defesa do mesmo, promovendo uma falsa ideia de `modernização´ da legislação trabalhista. É fato que os patrocinadores dos grandes meios de comunicação são empresários, banqueiros, o agronegócio. Setores interessados na implosão dos direitos dos trabalhadores brasileiros.

 

Estes mesmos setores que patrocinam a grande mídia também financiaram as campanhas de grande parte dos parlamentares responsáveis por votar a reforma trabalhista. E ainda pior: são os verdadeiros autores de uma em cada três propostas do projeto. Cabe ressaltar também que, se essa reforma fosse apresentada como proposta de governo por qualquer candidato, ela jamais teria o aval das urnas.

 

O próprio Roberto Setubal, dono do Itaú, já deu declarações públicas defendendo a reforma trabalhista de Temer. Em uma delas, Setubal chegou ao ponto de dizer que, sem a reforma, “nunca teremos como resolver nossos problemas sociais”.

 

É simbólico que um banqueiro atrele a `solução para os nossos problemas sociais´ a um projeto que enterra a CLT. Entretanto, diante das condições de trabalho oferecidas pelo Itaú aos seus funcionários, a posição de Setubal não surpreende. Ao divulgar um texto acrítico sobre o projeto, o Itaú desinforma seus trabalhadores.

 

O comunicado fala sobre a possibilidade de que negociações com os patrões se sobreponham à legislação, mas não explica que isso pode levar à redução de salários, aumento de jornada, alterações no horário de almoço, PLR, férias. Além disso, ao aprofundar a desigualdade social, a retirada de direitos dos trabalhadores levará ao crescimento da violência no país, reforçando que hoje a lei prevê que nada do que for negociado entre empregados e empregador pode trazer perdas aos trabalhadores.

 

A aprovação das reformas trabalhista e da Previdência é a fatura do golpe que está sendo cobrada pelo empresariado, cuja bancada compõe 42,2% do Congresso. Ao contrário do Itaú, o movimento sindical, como representante dos bancários, tem o dever de informar e mobilizar os trabalhadores contra as ameaças aos seus direitos e à sua aposentadoria. Isso tem sido feito rotineiramente através dos canais de comunicação dos sindicatos e também nas ruas, nas mobilizações junto a outras categorias e movimentos sociais por nenhum direito a menos, pelo fora Temer, e por eleições diretas para a Presidência, Câmara e Senado.

 

# Centrais sindicais preparam nova Greve Geral para fim de junho

Fonte: SEEB SP

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