Trabalhadores, integrantes de movimentos sociais e estudantes de todos os estados brasileiros tomaram as ruas da capital federal e a Esplanada dos Ministérios e enfrentaram a violência da polícia e do exército; resistência vai continuar e nova greve geral será convocada.
O #OcupaBrasília nesta quarta, 24, reuniu mais de 200 mil manifestantes, superando a estimativa de 100 mil dos organizadores da mobilização. Trabalhadores do campo e da cidade, a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, as demais centrais sindicais e movimentos sociais iniciaram o protesto com marcha que saiu do estádio Mané Garrincha em direção à Esplanada dos Ministérios. Apesar de pacífica, quando o início da marcha chegou próximo ao Congresso Nacional foi recebida com bombas de efeito moral e balas de borracha pela Polícia Militar do Distrito Federal e pela Força Nacional.
A repressão ao movimento, que começou pacífico e mudou de rumo após a agressão policial (com batalhão de choque, Força Nacional, Polícia do Exército e suas cavalarias), foi defendida pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, inclusive com decreto assinado por Temer de intervenção das Forças Armadas em Brasília, até o dia 31 de maio, numa trágica volta ao passado feita por um governo ilegítimo tomado por denúncias de corrupção e violação às leis.
Os trabalhadores faziam uma passeata pacífica, havia crianças, mulheres, idosos… e provavelmente pessoas infiltradas pela inteligência da polícia para tumultuar. O governo está se aproveitando disso, já que está em xeque, e quer criar um estado de sitio, de exceção.
Reforçamos os motivos da manifestação, contra as reformas da Previdência, a trabalhista, pela saída de Temer e convocação de eleições diretas já. Não podemos aceitar que retirem direitos dos trabalhadores, direitos do povo brasileiro para favorecer mais ainda uma minoria rica. Querem acabar com a aposentadoria para que os bancos lucrem vendendo aposentadoria privada. Querem tirar da classe trabalhadora para favorecer interesses de organizações patronais como CNI (Confedereção Nacional da Indústria), CNT (Confederação Nacional dos Transportes]), Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).
“A classe trabalhadora não irá recuar nem um milímetro para combater o golpe e a retirada de direitos. A cada dia a mobilização da população será maior”, afirmou o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e secretário de Relações Internacionais da Intersindical, Ricardo Saraiva Big.
“Acharam que os trabalhadores e trabalhadoras aceitariam calados os ataques do capital e desse governo ilegítimo. Seguiremos nas ruas contra o desmonte da Previdência e a reforma trabalhista. Fora Temer e Diretas Já!”, disse Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
O protesto acabou sendo encerrado mais cedo que o previsto, por volta das 16h, por causa das bombas e outros ataques das polícias.
Seguindo a grande mobilização da Greve Geral do dia 28 de abril, já está sendo organizada uma nova greve geral no país, em data a ser definida. Vai ser maior do que a do dia 28.
# PM ataca manifestantes, enquanto Congresso vive dia tenso
Fonte: com informações SEEB SP